SIFIDE – o mais bem-sucedido benefício do sistema fiscal português
Correio
2011-10-26 às 06h00
No dia 20 de Março de 2010, aquando da iniciativa ambiental ‘Limpar Portugal’ formou-se espontaneamente em Palmeira um Movimento Cívico constituído por cidadãos de várias localidades.
Este dia, embora simbólico para a preservação do nosso meio ambiente, tentou consciencializar as pessoas que integraram os trabalhos na zona limítrofe das freguesias de Palmeira e Adaúfe, para uma série de questões de carácter ambiental, social e legal com que se deparavam os residentes.
Foi com o intuito de consciencializar as autarquias locais, organismos ambientais e a opinião pública, que este grupo formado pelo núcleo de Braga da Quercus, o Grupo de Jovens da paróquia de Palmeira, a empresa Brinquedoteca Itinerante, a Associação de Guias de Adaúfe e outros simples voluntários, puseram mãos à obra e passaram cerca de três meses, sábado após sábado, a limpar as margens e o leito do ribeiro de Pinheirinho que divide as freguesias. Estes trabalhos permitiram a recolha de vá-rias toneladas de lixo de todo o tipo do leito e das margens do ribeiro.
A constituição deste grupo permitiu, porém, que se desenvolvessem outras actividades já que a análise que se efectuou da zona envolvente impunha que se deveria ter um papel decisivo na mudança daquele local extremamente degradado do ponto de vista material e social, mas riquíssimo em questões ambientais e patrimoniais, já que se trata de um espaço cheio de recursos hídricos com beleza paisagística e de alguns moinhos privados setecentistas em estado de nítido abandono.
Ao mesmo tempo, o grupo deu conta de situações de verdadeiros ataques ambientais com inúmeros actos de higiene insanáveis, descargas de esgotos impressionantes, etc. Além disso presenciou a realização de uma série de procedimentos privados junto à linha de água que são incompatíveis com as determinações legais.
Refira-se a canalização de água para fins privados, a construção de muros e colocação de portões que impedem a passagem dentro dos dez metros de margem que a lei estabelece. Além disso foi levada a cabo o levantamento selvagem de uma calçada de origem romana que lesa em termos patrimoniais a freguesia de Palmeira.
Face a este cenário pernicioso foi levada a cabo uma série de acções que alertasse as instituições públicas (Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, Guarda Nacional Republicana - SEPNA, ARH- Norte, Igespar e Ministério Público), entre as quais a denúncia em Assembleias de Freguesia e Municipal, o envio de correspondência vária, a exposição na imprensa regional, a visita do líder da Coligação ‘Juntos por Braga’, Ricardo Rio e mesmo a manifestação pública no dia 10 de Setembro de 2009.
É chegado o tempo de fazer balanço deste imenso trabalho realizado em defesa do supremo valor do bem público que norteou sempre a acção deste movimento. Positivamente, além das toneladas de lixo recolhido, comprometeu-se a Junta de Adaúfe a realizar importantes obras infra-estruturais junto ao ribeiro, a limpeza e plantação de relva tornando o local mais aprazível na margem direita que lhe diz respeito. Além disso, o ribeiro foi escolhido pela Quercus para integrar o Projecto ‘Rios’ que visa estudar a sua fauna, a flora e composição hídrica. Por arrasto, a manifestação foi importante para a pavimentação das ruas adjacentes: Eira, 25 de Abril e Montinho que se encontravam lastimosas.
Em termos negativos, mantêm-se as ilegalidades enunciadas, o consumo de drogas e prostituição, o desinteresse da Junta de Palmeira, ditou o meu afastamento da colaboração com esta Junta como forma de represália e o insucesso da compra para restauração de um moinho central por parte da Junta de Adaúfe face à lamentável relutância do proprietário. Por último, o desencanto geral face à inoperância de quem deveria zelar pela “res pública” e se mostra passivo com interesses gananciosos particulares que infelizmente reinam na nossa praça.
08 Outubro 2017
23 Novembro 2016
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