Ettore Scola e a ferrovia portuguesa
Escreve quem sabe
2023-06-06 às 06h00
A nossa presença no mundo devia fazer-se em maior harmonia com aquilo que nos rodeia. Para que isso aconteça, necessário será que o respeito pela Natureza e pela Terra sejam estabelecidos de forma mais universal, consciente e igualmente de maneira mais concreta. Afinal, fazemos parte apenas de uma espécie que partilha um planeta com outras espécies, as quais são nossas companheiras de viagem.
Viver de forma sustentável não é de todo difícil e nem pode ser assustador. Não se pede que, de um momento para o outro, as pessoas deixem as suas vidas para viver de forma mais naturalizada – isso seria um grande risco, visto que teria na sua base uma obrigação. No entanto, é possível viver-se de forma mais sustentável e de forma mais lenta, atendendo aos nossos consumos excessivos, que devem ser diminuídos, e estabelecendo relações mais comunitárias.
Veja-se por exemplo a água que se desperdiça no banho enquanto se espera pela água quente, e que poderia ser aproveitada para regar as plantas em casa, ou, então, a quantidade de carne que é ingerida na sociedade ocidental, que poderia ser facilmente substituída, uma ou duas vezes por semana nas nossas casas, por vegetais de boa qualidade e adequados às refeições pretendidas.
Também as nossas roupas devem ser pensadas, pois nos dias de hoje existe uma certa tendência para a compra compulsiva de peças de roupa, talvez devido às imposições da moda ou das exigências sociais. No entanto, se é certo que as nossas roupas devem apresentar qualidade, para serem duráveis, também é certo que podemos, todos, comprar menos e reutilizar mais.
A circularidade das roupas deve ser estabelecida entre os adultos, não somente entre as crianças, especialmente porque os adultos se encontram mais despertos para essa realidade. Ainda sou do tempo em que a roupa era comprada de forma espaçada e pensada, atendendo às estações do ano, e não às estações da moda. Hoje em dia temos várias coleções de roupa para cada uma das estações do ano, o que, infelizmente, impõe um certo ritmo naquilo que é a imagem pessoal de cada um. Mesmo assim, deve existir um consumo responsável de roupa, visto que a sua produção é uma das menos sustentáveis do mundo.
Ontem foi o Dia Mundial do Meio Ambiente e se, por um lado, esta celebração já é estabelecida há muitos anos, por outro lado, é urgente que se converse sobre assuntos que ao meio ambiente dizem respeito, não apenas porque existe um certo nível de destruição da Natureza que nos circunda, todavia também porque temos uma grande responsabilidade nesse caos, que é necessário parar. Talvez as gerações mais jovens estejam mais despertas para essa necessidade, porém, ainda assim, todos temos de contribuir, os mais novos e os mais velhos.
A nossa sobrevivência, e a nossa saúde, dependem disso. Um bom exemplo de conversação foi a atividade desenvolvida ontem pela Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho que, em conjunto com a sua Associação de Estudantes de Enfermagem, promoveu um EcoConvívio, aberto a todos, tendo como foco o lema «Um Campus mais verde: a ESE na gestão sustentável de resíduos». Estas ações são reais e precisas, são concretas e promotoras de uma reflexão crítica em relação com aquilo que todos vamos realizando.
Também o nosso quotidiano pode usufruir daquilo que são vivências mais simples, mais sustentáveis e mais conscientes.
O viver de forma mais lenta, em maior harmonia com o mundo que nos rodeia, em maior conexão com a Natureza, pode ajudar-nos a uma saúde mais robusta e mais segura. Talvez não seja à toa que a vida no campo se encontre com grande procura: de facto, viver assim é estar em maior quietude e com uma melhor qualidade de vida. Obviamente que nem todos gostam, o que deve ser respeitado. Contudo, nada se perde em experimentar hábitos mais sustentáveis, mais saudáveis e até com uma responsabilidade social mais fundamentada.
Uma coisa é certa, todos podem experimentar comportamentos que visem uma melhoria do meio ambiente e da Natureza, estrutura que, além de nos envolver, acolhe. Talvez agora seja necessário mudar os nossos costumes em prol de um maior respeito por quem nos dá casa. Encontra-se cientificamente provado que alterações climáticas têm tidos grandes consequências e resta-nos promover, passo-a-passo, ações que visem uma maior simetria neste habitat.?
10 Outubro 2024
08 Outubro 2024
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