Os amigos de Mariana (1ª parte)
Voz às Bibliotecas
2016-09-01 às 06h00
A vida humana processa-se, em grande parte, por ciclos. Nesta época do ano, iniciamos novo ciclo de estudo e de aquisição de conhecimento e novo ano/ciclo letivo. Os processos de aprendizagem dos alunos e, nomeadamente os currículos oficiais, do pré-escolar ao ensino secundário, estão, na sua grande maioria, suportados nos conteúdos explanados nos manuais escolares.
Se, outrora, o manual escolar era praticamente o único recurso disponível nas escolas, atualmente a sua utilização entra em competição com os recursos digitais, mais apelativos e dinâmicos. Estudos existentes demonstram a importância na utilização de ambos os tipos de recurso, existindo defensores e críticos para o uso de cada um.
A aquisição de manuais escolares pelas famílias com filhos em idade escolar, entre os meses de julho e setembro, constitui um compromisso que se estende na vida de cada família e por criança, cerca de doze anos. Os encargos inerentes à sua aquisição aumentam de ano para ano e são elevadíssimos quando se fazem as contas finais, em agregados com dois a mais filhos. Parte do investimento feito pelos nossos pais/educadores na educação de cada um de nós, passou pele investimento em manuais escolares e na consequente aprendizagem feita através deles. Os manuais escolares assumem, assim, impreterivelmente um papel de relevo no universo escolar.
A avaliação dos manuais escolares é responsabilidade de todos os intervenientes ligados ao processo educativo, sejam professores aquando da sua adopção nas escolas, sejam investigadores cujo interesse científico reside neste recurso educativo, sejam autores e seus editores de manuais escolares por razões ligadas, sobretudo, à inovação e à consequente diferenciação do produto que disponibilizam no mercado. Igualmente os alunos e os seus encarregados de educação, pais ou outros, são também responsáveis por esta avaliação e devem desempenhar um papel ativo e crítico no que concerne aos manuais escolares adotados na escola que os seus filhos frequentam.
O Ministério da Educação participa, também, neste processo de avaliação por motivos, entre outros, de supervisão, etc. Tendo este recurso educativo como uma das suas funções facilitar as relações pedagógicas entre os contextos escolar e familiar, acontece que também frequentemente são os pais que fazem o acompanhamento domiciliário das tarefas escolares dos educandos.
Compete aos pais decidirem se compram novos manuais escolares nas livrarias, em grandes superfícies comerciais, ou em lojas online. Importa é que também estejam informados que podem optar, se assim se proporcionar, manuais escolares usados nos bancos de manuais escolares existentes, ou fazer a sua compra online, nas plataformas, que agora abundam e são bem conhecidas de venda e troca de bens usados.
Neste contexto, há duas formas de aceder aos manuais usados, sendo ambas vantajosas, relativamente à compra de manuais novos: simples levantamento ou troca em locais onde os manuais são recolhidos e disponibilizados gratuitamente, ou compra online ou em espaços físicos de manuais usados e, portanto, custando uma fração do preço de capa, se adquirido novo. Obviamente, o primeiro sistema (troca gratuita) funciona bem apenas se, no final de cada ano, os manuais forem de novo entregues, em boas condições de conservação para possibilitar o seu re-empréstimo.
Neste sentido, nos últimos seis anos, temos vindo a assistir ao aparecimento de movimentos espontâneos de bancos de manuais escolares usados, a nível nacional. De forma mais concertada surgiu, na web, o movimento REUTILIZAR.ORG que vem sinalizando, atualizando e divulgando anualmente todos os bancos locais de troca de manuais escolares usados, a nível nacional.
Esta importante ajuda aos pais, tem o endereço:
http://www.reutilizar.org/REUTILIZAR.ORG/REUTILIZAR.html
Em Braga, vários têm sido os agentes locais que têm participado nesta filosofia de partilha de manuais escolares usados. Os bancos de troca têm surgido em cafés, escolas, juntas de freguesia, bibliotecas escolares, ou, em bibliotecas públicas. A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva é uma das instituições que de há seis anos disponibiliza este serviço no concelho de Braga, com o apoio do Município de Braga e outros parceiros institucionais da rede concelhia, que muito solidariamente ajudam as famílias. Mais informações consulte o site da Bolsa Solidária de Manuais Escolares em: http://bsmeu.blcs.pt . Troque, dê e/ou leve manuais escolares disponíveis na bolsa, de forma solidária e gratuita, sempre que lhe for oportuno.
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