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Braga, sexta-feira

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Manuel Monteiro, ilustre bracarense, morreu há 60 anos

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Correio

2012-01-18 às 06h00

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Manuel Monteiro foi um ilustre cidadão bracarense! Faleceu no dia 18 de Janeiro de 1952, faz hoje, precisamente, 60 anos! Cidadão de vulto, foi um escritor distinto, tendo vasta obra publicada sobre os mais diversos domínios do conhecimento. Além de académico e emérito historiador e crítico de arte, nomeadamente a arte românica portuguesa, foi um destacado interventor na vida pública nacional e internacional, como ressalta da lista de cargos que desempenhou e causas, em cuja defesa se empenhou.

Abraçando o ideário republicano, foi o primeiro Governador Civil de Braga nomeado após a implantação da República, cargo que exerceu com notável bom senso, tendo em conta o período conturbado que se vivia. Foi Juiz do Supremo Tribunal Administrativo, Ministro da Justiça e, mais tarde, do Fomento. Foi Presidente da Câmara de Deputados e, sendo já reconhecido internacionalmente, aceitou o honroso convite que lhe foi dirigido para ser Presidente do Tribunal Internacional de Alexandria (predecessor do Tribunal Internacional de Haia) e Juiz dos Tribunais Mistos do Egipto.

Estes últimos cargos afastaram-no, já desiludido, dos ínvios caminhos que a 1ª República ia tomando. Um currículo impressionante que evoca admiração, se pensarmos como foi difícil aquele período da história do país. Mas, mais impressionante ainda é sabermos que aquele homem foi um cidadão modelar, um exemplo de integridade e verticalidade.

Esta data, para não passar despercebida dos leitores e dos cidadãos, como tem acontecido nos anos anteriores, é hoje aqui lembrada. A Escola Secundária de Alberto Sampaio, que tem Manuel Monteiro como patrono da sua biblioteca, a Biblioteca Manuel Monteiro, de que muito se orgulha, não esquecendo a memória de tão ilustre bracarense, irá distinguir esta data com uma Romagem ao seu túmulo, no cemitério de Monte D’Arcos, num preito sentido e de gratidão.

Bem-haja aqueles que ainda cultivam a convicção de que não basta enterrar os mortos, é também necessário cuidar das suas memórias e apontá-las às gerações vindouras como exemplos desinteressados, vividos em prol da sociedade e dos cidadãos, hoje mais do que nunca, quando os valores estão esvaziados de importância e significado.

No que diz respeito a esta questão e, concretamente da dimensão histórica, da estatura cívica e patriótica de Manuel Monteiro, um cidadão notável que amou profundamente a sua cidade natal, verifica-se da parte das autoridades responsáveis da cidade, uma inércia ou um esquecimento confrangedores.
Braga tem muitas figuras ilustres que preenchem as estantes da sua memória colectiva, mas nas vielas do limbo, persistem outras injustamente votadas ao esquecimento.

Miguel Soares, professor aposentado

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