Reclassificar o solo
Escreve quem sabe
2024-11-03 às 06h00
A vida é uma “montanha russa” de emoções intensas boas e más. Um caminho “sob carris” partilhado com pessoas, tanto à frente, atrás e ao lado. Pessoas que nos acompanham e pessoas que “passam” apenas por nós. Ilusões à parte, a vida também é feita de decepções e toda a gente passa por isso. Há quem diga, que a vida nunca foi nem nunca será um “mar de rosas” (ditado popular). Talvez. A verdade é uma, a vida também não é só um “mar de decepções”, há muitas alegrias que nem sempre são valorizadas ou apreciadas. Quer se queira ou não, as decepções fazem parte da nossa experiência enquanto seres humanos e em contacto “com” pessoas e “para” pessoas, no trabalho, na família e nas amizades. Existem decepções em que se está “à espera”, mas há aquelas em que “nunca se esperam”. Talvez aquelas “não esperadas” sejam as tendem a transformar negativamente a vida de quem acreditou sempre nesse alguém. A decepção causa bloqueios, em que a “vida não anda nem para a frente ou para trás”. A decepção vê-se e sente-se naquele/a que não sorri, nos olhos tristes de um vazio profundo, e na postura “cansada” face à vida em que já nada mais importa, aconteça o que acontecer. Uma espécie de “prisão” mental a pensamentos intrusivos, tais como, “Porquê a mim? Em que eu sempre fiz tudo por essa pessoa?!” que nada acrescentam, pelo contrario só causam danos à saúde mental e física. Pensar demais e no que não vale a pena adoece.
Há quem finja que “não vê” ou que “cala” pelo silêncio, por forma, a evitar o conflito está a adoecer a si próprio. Não finja que “não vê” porque tem medo de sentir-se abandonado/a, e para ainda agradar a quem o/a feriu acaba por “acarretar” responsabilidades que não são suas. Mas também aquele/a que expressa a mágoa de não esperar tal atitude, a fúria e decepção pela “inflamação” dos sentimentos (via mais agressiva no confronto direto), tende a prejudicar também a sua saúde. Isto porque não se pode mudar as pessoas se as mesmas não quiserem mudar ou não reconhecerem que erraram. Pode-se ter “mil e uma razões”, mas se a pessoa em questão não aceitar, apenas se desgasta a si próprio/a e perde energia. Não se prenda a momentos ou a memórias que não o fazem avançar.
É certo, que o impacto emocional da decepção pode deixar “marcas”, como por exemplo: na dificuldade em confiar novamente na mesma pessoa ou em outras pessoas novas a conhecer; no desconfiar se os elogios são verdadeiros, entre outros aspetos. Importa referir também, o que pode acontecer de bom quando ocorre a deceção. Tem sempre a possibilidade de “sair” mais forte, embora lhe possa parecer que não. Se reparar, fica mais atento/a aos sinais, porque numa prespetiva mais realista, haverão infelizmente outras decepções. Faz parte do processo de evolução maturacional. Protege a sua saúde mental, pelo facto de ser o próprio/a, verdadeiro/a, sem máscaras. As máscaras sociais mantêm contatos, mas não mantém a saúde psicológica pelo desconforto de estar com alguém que não se tem mais confiança. Como curar uma decepção? Cerque-se de pessoas alegres e não de pessoas que só falam de problemas. Quando se passa por uma decepção a prioridade deve ser você e não os outros. Procure estar acompanhado/a de pessoas nomeadamente após o período em que regressa a casa. Há uma tendência maior para se pensar nos problemas, após o jantar. É na verdade uma fase mais introspetiva em que se faz o balanço do dia e ao mesmo tempo da vida. Se não for oportuno para si estar rodeado de pessoas nesse período, pode sempre ligar à pessoa mais divertida dos seus contactos telefónicos em que a gargalhada certamente é garantida e é “proibido” falar de tristezas. Se acha que a decepção está a prejudicar as suas atividades diárias, procure ajuda especializada.
Você é forte! Você consegue! Há uma pessoa a quem nunca deve decepcionar, é a si próprio/a.
07 Dezembro 2024
06 Dezembro 2024
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