O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2015-04-12 às 06h00
Por detrás de cada pessoa, de cada rosto existem memórias emocionais felizes e tristes. O ser humano ao longo da sua experiência vivencial depara-se com inúmeros problemas, no entanto, a capacidade de resolução e a forma como são enfrentados diferem de pessoa para pessoa. Numa explicação mais objetiva e clara, existem dois polos de validação mental dessas mesmas vivências: a responsabilidade atribuída a pessoas ou situações negativas o chamado “bode expiatório mental”, e por outro lado, os pensamentos excessivamente críticos colocados à própria pessoa.
No primeiro polo, a pessoa tende a culpabilizar os seus fracassos não por erro próprio mas porque crê ou acredita que as pessoas em redor são responsáveis pelo seu insucesso (basicamente nega factos do que observa porque é mais fácil lidar com a dor emocional da culpa atribuída a alguém do que reconhecer que essa mesma culpa é fruto das suas ações ou decisões). Igualmente neste polo, parece existir uma tendência para a atribuição de um vasto número defeitos a outras pessoas. Nesta medida, se porventura observar alguém que reclama “por tudo e por nada” e mais, se atribui defeitos a outros, do género “É um zero à esquerda!”, “Tem a mania que é inteligente e bem-sucedido…!”, na verdade a pessoa está projetar para outras pessoas o que de facto acha dela própria (efeito espelho). Na verdade, são pessoas que de certa forma não conseguem “lidar com a realidade”. Os seres humanos priorizam as suas necessidades e objetivos, assim, o não alcance de um importante objetivo para a pessoa facilmente dá lugar a pensamentos de auto negação.
No segundo polo, pode dizer-se que a voz interior funciona por vezes, como um juiz (auto - censura). Põe à prova mentalmente ações sobretudo as menos conseguidas. A voz interior crítica foca-se nos fracassos, forma comparações de inferioridade versus superioridade em que os outros são “melhores e heróis” e o próprio “um fracasso”. Os pensamentos demasiadamente críticos geram insegurança “Não sou capaz…”, dúvidas acerca das capacidades “Não sou assim tão bom nisto…”, é retido o lado menos bom e nunca as vantagens ou oportunidades da situação negativa ocorrida. A voz interior crítica tem o dom de sinalizar erros passados e transpor para o presente numa espécie de “luz intermitente” sempre que algum problema se manifeste. Despoleta sentimentos tais como: a culpa, a tristeza, a vergonha e a ansiedade que em situações pode tornar-se bastante patológica e crónica. Estas emoções sendo cíclicas, corroboram para conflitos interpessoais e conflitos interiores havendo quem lhes apelide de crises existenciais.
Os pensamentos excessivamente críticos provêm da infância de afirmações proferidas por pais, agentes da educação ou outras figuras de vinculação. A infância é na verdade um período muito importante em que se forma/molda a personalidade e onde uma palavra, uma frase tem manifestamente “muito poder”. Não se pode retroceder no tempo assim como também não se pode voltar ao passado de “borracha na mão”. Recomece.
Para que a mudança ocorra, primeiramente há que perceber a influência exercida dos pensamentos excessivamente críticos e o impacto que estes têm no dia-a-dia. A nossa mente cria muros e paredes mais fortes do que o aço. Salte-os. Interrogue até que ponto essas mesmas críticas correspondem à realidade, pois todas as pessoas erram e as maiores lições que preparam para a vida surgem dos fracassos e do erro. Pensamentos excessivamente críticos não protegem, apenas fecundam a fragilidade emocional. Não se magoe emocionalmente, valorize-se, viva!
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