Premiando o mérito nas Escolas Carlos Amarante
Conta o Leitor
2021-08-09 às 06h00
Manuel C. Correia
Já ninguém suportava ouvir a palavra, pandemia! A própria palavra era uma pandemia. Havia quem só de ouvir e ler pandemia, ficava doente, num estado psicológico irreversível, com danos profundos. Depois vieram as vacinas em todas as formas e cores. A corrida desenfreada começou, com um estado a pagar mil por cento mais que o valor real! Foram as primeiras cobaias após aprovação das vacinas.
As mortes continuaram a descer com o efeito das vacinas. Várias pessoas relataram efeitos secundários estranhos e outros mais naturais e normais. O mais estranho dos efeitos secundários foi a de uma mulher que era cozinheira num restaurante de luxo em Paris, ficou sem cheiro, sem palato e os seus temperos eram admirados de tal forma que o restaurante tinha reservas para dois anos!
Os países mais ricos queriam eliminar o mais rápido possível a pandemia, mas os mais pobres eram aliados involuntários da pandemia, o vírus evoluía todos os dias e instalava-se como queria e os seus mensageiros corriam o mundo com ele. Levando-o a todo planeta.
A guerra dos mundos começou quando um cientista observava no seu microscópio uma amostra do vírus, e para seu espanto, a sua forma passou de uma bola espinhosa para um tronco e rapidamente ganhou forma de um híbrido com asas e olhos em bico! A confusão se instalou em todo mundo!
As farmacêuticas que estavam a ter lucros astronómicos com as ações em alta depressa chegaram a níveis de quase falência. Os governantes reuniam-se de urgência, pareciam baratas tontas, só falavam em guerra, e economia. Os discursos televisivos dos governantes acabaram com tudo que era tv, nenhum canal transmitia nada a não ser os extraterrestres chegaram em forma de vírus, e com asas e olhos em bico. O caos instalou-se no mundo, agora o vírus podia voar e espalhar-se de corpo para corpo sem haver contacto!
Os infectados começaram a aumentar drasticamente em todo mundo. As pessoas adoeciam com sintomas diferentes dos anteriores.
Agora o corpo ficava mole e a temperatura baixava até ao limite mínimo possível, cada pessoa tinha o seu limite, e baixava até esse limite, como se o vírus controlasse a temperatura ideal mínima. Nos primeiros tempos de contágio com a nova variante do vírus, as mortes não eram provocadas pelo vírus, mas a contagem continuava a ser atribuída ao vírus!
As farmacêuticas voltaram a criar vacinas em poucos meses, agora com aprovação dos governos e sem os devidos testes prévios, a urgência assim o exigia. A guerra tinha que ser ganha, e as farmacêuticas esfregavam as mãos com os lucros que previam ter. Mais uma vez haviam países que pagavam a preço de ouro as primeiras vacinas!
Os países pobres continuavam a alastrar o contágio, como um fogo sem controlo! Nos países ricos as vacinas começaram a ter efeitos secundários: passado dois dias da toma as pessoas começaram a sentir nas costas uma pressão na pele e ao terceiro dia ficavam com asas que cresciam até ficar com penugem. Todos ficaram com os olhos em bico e da mesma cor: cinzenta!
Os países pobres não tinham vacinas e ficavam com a mesma transformação corporal, o mundo tinha os olhos em bico! Vacinas? Agora ninguém queria vacinas de efeito placebo, as farmacêuticas voltaram a ficar sem os lucros fáceis.
A raça humana conhecia uma nova espécie, a do humus hybridum.
O mundo vivia uma nova era, agora tudo era cinzento, com olhos em bico de asas!
31 Agosto 2022
21 Agosto 2022
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