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Mobilidade: o que precisamos em Braga?

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Mobilidade: o que precisamos em Braga?

Ideias

2025-05-18 às 06h00

Mário Meireles Mário Meireles

Em Braga não é apenas o trânsito automóvel que está parado. Todo o sistema de mobilidade não funciona. E no século XXI não podemos falar isoladamente de trânsito, ou de trotinetes, ou de bicicletas, ou de peões, ou de transporte público. Temos de falar de tudo, temos de falar de mobilidade e ter um pensamento e uma visão para a mobilidade, de uma forma integrada e holística.
Partindo daqui, e olhando para os dados e o conhecimento aplicado um pouco por toda a europa, sabemos facilmente onde temos de intervir e como o fazer. Essas intervenções vão levar a mudanças na forma como nos deslocamos, nas nossas rotinas, mas vai-nos criar mais opções de deslocação, mais segurança e criar condições para a fruição do espaço público.
Precisamos garantir as acessibilidades e condições para se andar a pé, com ou sem um carrinho de bebé, e se deslocar de cadeira de rodas.
Precisamos reduzir as velocidades praticadas na zona urbana do concelho, garantindo que os limites de velocidade são cumpridos.
Precisamos criar as condições, o lugar na via pública, para se andar de bicicleta ou trotinete, sem termos de procurar o passeio por nos sentirmos mais seguros. Em muitas ruas isso consegue-se com as medidas implementadas para a redução de velocidades. Noutras, sobretudo nas principais avenidas, consegue-se criando ciclovias bem construídas.
Precisamos garantir que existe uma rede de autocarros com um bom nível de serviço, ao nível da qualidade e da quantidade. Uma rede que cumpra horários, que garanta os horários em todas as paragens e que tenha uma amplitude horária maior, isto é, que exista oferta para quem vai e quem sai do trabalho.
Precisamos, dentro do concelho, de uma rede de transporte público regrante. Que funcione como a espinha dorsal. Isto é fundamental e é importante definir quais são essas linhas. Se depois o que lá circula é um autocarro ou um metro, é um assunto a seguir. Primeiro precisamos de responder à pergunta: quais são as ligações que precisam de um transporte de massas dentro do concelho
Precisamos garantir ligações em transporte público para os concelhos vizinhos. E aqui precisamos de investir numa visão a médio/longo prazo, reivindicando ligações em ferrovia aos concelhos vizinhos, fazendo já reservas de canal e iniciando os estudos e projetos necessários. Precisamos de atuar a curto prazo, com os TUB a fazerem algumas dessas ligações, por exemplo, não se encontra uma explicação lógica, do ponto de vista do cliente, do porquê de os TUB não atravessarem a Ponte de Prado.
Precisamos centralizar a gestão dos semáforos, que terão de ser mais do que os 35 existentes atualmente e terão de funcionar bem.
Precisamos repensar o estacionamento em Braga, organizando-o e gerindo-o. Não falo só de marcar todos os lugares de estacionamento que existem, garantir que a sinalética está bem colocada e que se sabe o que existe, onde existe e em que quantidade, tendo equipas que efetuam manutenções preventivas de todos estes equipamentos. Falo também de definir uma estratégia para o estacionamento off-street e on-street, garantindo uma boa gestão do espaço público.
Precisamos garantir que as regras de trânsito são cumpridas e que há consequências para quem não cumpre.
Precisamos manter, observar, evoluir, agir e acompanhar toda a mobilidade. Não podemos esperar que tudo se resolva sozinho, num ato de fé.
Já repararam que, para além dos lugares de estacionamentos por marcar, poucas são as ruas que têm marcas horizontais de vias de trânsito? Linhas marcadas, sejam contínuas ou descontínuas. E com os remendos que foram fazendo, em algumas Avenidas nem se percebe bem o quê que são.
Temos de ter rapidamente um Plano de Ação para a Mobilidade em Braga, um plano com ações a curto, médio e longo prazo, um plano com cronograma, um plano com orçamento, um plano com objetivos e um plano que se vá concretizando ao longo do tempo, acompanhando a evolução dos indicadores escolhidos. Um plano com critérios definidos e implementados e que comece a implementação e a alastre a todo o território, começando assim a resolver os problemas. 
Não podemos ter ações isoladas e sem critério, acabando a ter ilhas que não resolvem os problemas, porque o diagnóstico e os problemas conhecem-se bem, é preciso agir para ir resolvendo os problemas.
A mobilidade induz-se.

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