Correio do Minho

Braga, terça-feira

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Novo ano, “ano novo”!

A responsabilidade de todos

Escreve quem sabe

2020-09-23 às 06h00

Tony Reis Tony Reis

Chegados a meio de Setembro, iniciamos um novo ano, de pé atrás no ano lectivo, após seis meses sem alunos, professores, auxiliares nas escolas. Voltam-se a reabrir portas para o ensino com receio que as mesmas voltem subitamente a fechar-se. Normas e regras dadas a conhecer na última semana pelo governo e pela DGS.
Será a adaptação fácil e atempada?
Estarão os pais e os professores preparados para os nossos filhos aprenderem, estudarem, conviverem, partilharem e ao mesmo tempo lembrarem-se que este é um ano diferente, o ano “0”. Ano de muitas mudanças nas rotinas, com inúmeros cuidados e respeito a ter uns para com os outros.

O distanciamento social nas escolas não me parece uma realidade, sabendo que as salas, os alunos e professores não estarão totalmente adaptados às circunstâncias a que a Covid-19 nos obriga.
Uma febre detectada numa criança irá iniciar todo um processo de alarme escolar e social, sobretudo com a chegada do inverno com as inevitáveis constipações, gripes, gastroenterites, entre outros habituais problemas de saúde que surgem frequentemente nas nossas crianças e por conseguinte nos adultos também.

A responsabilidade dos pais na educação dos filhos aumentou, pois cabe-lhes preparar os seus filhos para todos os cuidados que devem ter no presente ano, tentando “fintar” um vírus que veio sem pedir licença para junto de nós!
Este é de facto um ano “0”, sem as habituais festas de verão, sem as rentrées políticas com a terrível excepção da Festa do Avante que agora servirá de desculpa e de mau exemplo para muitos. Mas se a Festa do Avante não foi uma iniciativa “feliz” nesta altura de pandemia, a verdade é que não foi e não será a única situação de aglomeração de pessoas senão vejamos, as touradas, a aglomeração de pessoas em Fátima, os bilhetes vendidos a bom ritmo para o grande prémio de Portimão em Formula 1, entre muitas outras iniciativas que não protegem a nossa saúde, a vida das pessoas. Com essas atitudes os profissionais de saúde sentem uma autêntica ingratidão e falta de respeito das pessoas, de todos aqueles que desafiam constantemente a pandemia, colocando em risco os nossos médicos, enfermeiros, auxiliares de saúde que dão e fazem de tudo para salvar vidas.
Tornar este “novo ano”, um ano calmo, pacífico, depende de todos nós que temos o dever de distanciamento social, lavar/desinfectar as mãos constantemente e do uso obrigatório de máscara. Devemos ter consciência que sem cumprir essas normas básicas contra a Covid 19, não venceremos a guerra da actual pandemia que veio mudar o mundo.

A prevenção é sem dúvida a melhor forma de evitar o aumento de casos e diminuir o número de contágios e de focos.
Este é e será um ano atípico para todos nós, pouco ou nada poderemos prever e/ou preparar com antecedência. O dia de amanhã é uma incógnita, imprevisível, sabemos que não podemos programar uma simples reunião presencial, um fim-de-semana, umas férias, um aniversário, o Natal, o Ano Novo, o Carnaval, as mais variadas festas concelhias, nada será como no tempo pré-covid até novas descobertas na saúde e na ciência.
Temos uma certeza, com todos os cuidados que devemos ter, o nosso quotidiano não pode parar, devemos seguir em frente dentro das limitações que todos conhecemos.

Não basta dizer-se constantemente que o país não pode voltar a fechar, devemos sim fazer com que tal não suceda a bem da saúde e de seguida da economia do país.
Posto isto, atrevo-me afirmar que este não é apenas um “novo ano”, mas também um “ano novo”, uma vez que a nossa sociedade não estava minimamente preparada para enfrentar este novo desafio que ainda agora começou e que vai continuar a alterar a rotina das pessoas quer a nível familiar, profissional, escolar, desportivo, entre muitos outros hábitos que se alteraram.
Uma luta que não escolhe ricos, nem pobres. Escolhe sim, com maior probabilidade quem se expuser em demasia e se descuidar ao não respeitar as regras básicas de prevenção. Mesmo com os maiores cuidados que devemos ter, não estaremos a salvo mas a probabilidade será sempre menor!
Por nós, pelos outros, pela nossa sociedade sejamos responsáveis. Se remarmos todos para o mesmo lado, venceremos esta “guerra”!

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