O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2014-05-04 às 06h00
Grande parte crianças durante a infância “pedem” aos pais um irmãozinho. Das diversas razões apresentadas por estas, sobressai talvez o principal desejo, o ter um companheiro de brincadeiras. Ora a chegada de um irmãozinho, independentemente do desejo atrás referido, nem sempre é encarada de forma positiva por todas as crianças. Há de fato as que desejam muito, assim como, há também aquelas que simplesmente não “o desejam”.
Neste ultimo caso, o motivo prende-se ao fato do filho primogénito, ser o “centro das atenções” sendo que com a chegada do novo membro as atenções são efetivamente divididas. Um recém-nascido necessita sempre de um conjunto redobrado de cuidados pela sua fragilidade, logo os pais canalizam maior atenção e cuidado a este. O filho mais velho que observa esta nova dinâmica tende a sentir-se desamparado, interpretando o que vê como uma “série de privilégios” que ele não tem, e surgem sentimentos menos positivos como o ciúme, face ao irmão.
Os pais nem sempre internalizam que o filho mais velho possa sentir ciúmes e até minimizam alguns comportamentos como por exemplo, a irritabilidade ou a agressividade como “próprios da idade”. De fato pode não ser assim tão linear e pode ser o inicio da formação de um quadro depressivo sobretudo se vier acompanhado de um conjunto de comportamentos regressivos, como por exemplo, o “chuchar” no dedo, fazer “xixi” na cama, “falar à bebé”, o não querer comer sozinho etc.
Age como se nunca quisesse crescer. Estas ações em alguns pais despertam a preocupação no sentido em que, “O que se passa com o meu filho?”. Noutros porém a situação é diferente, pois de forma inconsciente tendem a minorar as “chamadas de atenção” do filho mais velho e tendem a reforçar negativamente as atitudes do mesmo pela verbalização de frases “ Eu achava que já tinha um homenzinho, mas não, tenho dois bebés!” ou “Tens ciúmes do teu irmão, tem vergonha!” e até “Já não tens idade para estas birras infantis” .
Também em situações em que a paciência dos pais escasseia, pelo cansaço de um longo dia de trabalho por exemplo, há uma tendência para a toma de medidas mais drásticas como o castigo que contribui nada mais nada menos para o acentuar do desalento criança. Por conseguinte, a criança interpreta estas atitudes dos pais como “não gostarem mais dele” e até em alguns casos de “abandono”, sentindo-se culpada (“O que terei feito de mal?”) com baixa auto estima (“Não valho nada.”) emoções essas que propendem a projetar sentimentos hostis para o irmão mais novo, “Eu não gosto dele!” , “Eu não o quero como irmão!”.
Assim os pais devem ter em atenção os “favoritismos” inconscientes e sobretudo evitar fazer comparações entre irmãos do tipo, “Olha como ele está sossegadinho e se porta bem e tu tão mal!”. Antes do nascimento do novo irmão é necessário preparar a criança e explicar-lhe que haverão algumas mudanças mas que os pais nunca deixarão de o amar, por mais que observe situações que lhe possa parecer que se gosta mais do irmão do que ele. Igualmente frisar sempre a ideia de que os pais gostam incondicionalmente dos dois independentemente de um ser pequenino e frágil e de necessitar mais de cuidados.
Permita ao seu filho cooperar nos cuidados do irmãozinho e não afasta lo com o receio que o magoe. Por ultimo quem não gosta de um miminho quando se está naqueles dias em que as palavras entram a “oitenta e saem a mil”? Neste caso, quando as explicações parecem não resultar manifeste o carinho, pela expressão física de beijos e abraços tanto a um como o outro e na presença de ambos.
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