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Braga, segunda-feira

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O dia de S. Martinho!

26.ª Conferência Mundial na área da sobredotação, em Braga!

O dia de S. Martinho!

Voz às Escolas

2019-11-11 às 06h00

Maria da Graça Moura Maria da Graça Moura

O título não é original e diz-se que a tradição já não é o que era! Mas de que mais se poderia falar no dia onze de novembro? De castanhas, de magustos, de escolas, principalmente as dos mais pequeninos, repletas de risos de alegria e matreirices, brincadeiras, correrias, muitos jogos e caras sujas, pintadas de cor de borralho!
Na escola defendemos o rigor, o trabalho e o esforço, a disciplina e o estudo, para que a mesma seja um lugar de crescimento e desenvolvimento de competências e qualificações para um futuro melhor. Mas defendemos também, e de igual modo, esta complementaridade, esta dimensão do lazer, do criar e inventar, do rir e divertir, da expressividade no rosto de centenas de crianças a saltar à fogueira, alegremente girando à sua volta, enfrentando o calor e as chamas.

Queremos e devemos manter a tradição, desenvolver nos jovens elos de ligação ao passado, cultivar costumes, características tão portuguesas, experiências alegres.
De Norte a Sul de Portugal, são inúmeras as comemorações neste dia, estendendo-se por toda a Europa. Todas promotoras da convivência e da partilha, desenvolvendo nos mais pequenos, desde cedo, o espírito de bom convívio e solidariedade.
Mesmo que a meteorologia não nos presenteie neste dia com o verão desejado, ele virá, por certo. Assim conta a história de S. Martinho que (o Observador) nasceu em cerca de 316 na antiga cidade de Savaria na Panónia, uma antiga província na fronteira do Império Romano, na atual Hungria. Morreu a oito de novembro de 397 e foi sepultado a onze de novembro em Tours. Instituiu a primeira escola e transformou o local, que hoje é a cidade de Tours.
A tradição dos magustos, segundo alguns autores, deve-se à proximidade do dia de Todos os Santos, em que se acendiam fogueiras para assar castanhas.

O mundo está em constante mudança. Hoje é mais difícil fazer uma fogueira no recreio de uma escola. O chão é de material que se danifica com o fogo, os meninos e meninas não podem apanhar fumo, pois sujam as roupas, as cinzas podem denegrir espaços em redor e os vizinhos queixam-se, não há recursos humanos para supervisionar todas as crianças e alunos que saltam entusiasmados à volta da fogueira, correndo risco. A quantidade de castanhas a assar é grande e não há fornos suficientes, as escolas não têm condições e as padarias têm encargos adicionais, difíceis de suportar, trazer as castanhas assadas de casa é muito trabalhoso e não potencia o ambiente de magusto pretendido…

Nas cidades é difícil fazer um magusto tradicional, é certo. E perde-se tudo o que há em redor deste dia. Todas as temáticas que se podem aproveitar para fazer escola, porque escola não é só a sala de aula, o professor, o quadro e o manual. Tantas aprendizagens, tanto enriquecimento!
Vale o esforço enorme de todos os professores, assistentes operacionais e associações de pais, que heroicamente se desdobram para que tudo seja o mais real possível.
Dá trabalho sim, mas é tão importante para o crescimento harmonioso dos nossos alunos! E é tão gratificante!
Alegre dia de S. Martinho!

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