Entre a vergonha e o medo
Ideias
2020-01-25 às 06h00
1. Em que são muitos os estrategas, os peões de brega e os “artistas”, não importando de momento nem nomes nem funções, bastando que se “contem” e se “tenham como irmãos, confrades, amigos ou camaradas dos que usufruem da governação e do poder do país, e que de algum modo, às claras ou encapotadamente, venham “servindo” e “ajudando”. Há dias escrevemos impor-se que se agisse com honestidade, honra e sensatez, pondo-se de lado as disputas entre a Opus Dei e a Maçonaria, e seus apaniguados e subjacentes interesses, bem como o ideário, as utopias e as loucuras da Opus Gay, e seus sequazes, e pensar-se tão só no bem do país, na salvaguarda dos direitos à diferença, na defesa dos enraizados valores morais e costumes tradicionais do povo, e sua compaginação, dando-se a cada questão a importância que em si e realmente tem, no quadro relativo dos interesses em causa e sem nunca extrapolar ou os exponenciar por teorias, ideias, pensares, ideologias, chavões políticos, exacerbos sazonais ou episódicos momentos de loucura. Com Gretas ou não, lunáticos ou similares, mas sempre pensando e sopesando as realidades e os sinais dados. Marcelo esteve em Moçambique, foi às compras ao mercado, a uma livraria, comeu dois pastéis de nata, cortou o cabelo e “brincou” com o dinheiro que teria no bolso, tudo isto numa “rota” de passeio para ganhar energia e decidir ou não a recandidatura. Aproveitando a posse do novo presidente, falando também com o de Angola, mas nada dizendo de relevante, e mostrando-se cada vez mais “Marcelo”, o nosso «Speed Gonzalez» dos desenhos animados da vida política. Que “corre” que nem um desalmado atrás de uma selfie, dum abraço e de um beijo, e aproveita até ao tutano um desastre, uma desgraça, um cataclismo inesperado desde que haja povo, jornalistas, televisões, pessoas aflitas, chorosas e carentes de conforto e de afecto. Feitios!...
2. Muitas das vezes numa muito nebulosa confusão entre “populismo” e “popularidade”, ele que gosta de ser popular mas não quer ouvir falar de populismo, um estigma que só se divisa, imaginem, em certos políticos de direita, como “grita” a esquerda. Claro que todos já estão a pensar no Ventura, mas há muitos outros, e de esquerda, que são bem “populistas” no falar, no prometer e nas medidas que defendem. Como Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, estimando que o número de visitantes ao país tenha aumentado 4 milhões e diz esperar «um aumento de 7%», «um crescimento expressivo e sustentado», isto porque «Portugal quer atrair mais turistas gay» e porque «o Turismo de Portugal apoia a campanha promocional lançada pela Associação Variações», com o objectivo de «atrair mais investimento de membros da comunidade LGBTI», «que está a crescer e tem um poder de compra elevado». Daí que a campanha «Proudly Portugal» tenha sido oficialmente lançada em Lisboa (onde poderia ser?), e «é apoiada financeiramente pelo Turismo e pelo governo através da secretaria de Estado do Turismo, como revelou Carlos Ruivo, presidente da Variações (CM11.1.20). A sul, prevê-se, vai crescer o turismo, o que é natural e... e não espanta!...
3. Mas isto de se ser popular, e ter amigos, é uma chatice pois por vezes é-se confrontado com o carácter e actos desses amigos, sendo difícil passar ao lado. Segundo o mesmo jornal, «o Ministério Público acusa antigo pároco de Lisboa e Cascais do roubo de bens da Igreja», com «suspeitas da prática de branqueamento de capitais, abuso de confiança e furto qualificado», sendo que o padre António Teixeira, conhecido por «Tó», foi próximo de «Marcelo Rebelo de Sousa (que) escreveu o prefácio do livro do padre «Palavras da Palavra». Enfim!... Vidas!... Como foi muito próximo de Ricardo Salgado, do Bes, passando férias e o Natal numa casa dele no Brasil, com a namorada, etc., sendo certo que um PR, embora popular e afectuoso, precisa sempre de muito cuidado, prudência e de toda a reserva com suas popularidade e afectos, mormente com quem fala, tira uma selfie, dá um abraço ou come um pastel de nata, pois até o sem-abrigo da criança do contentor o enganou, e não se pode sempre acreditar no que nos diz quem nos rodeia, como no caso de Tancos. Aliás Marcelo deve descansar e não se incomodar com o governo, que de “geringonça” passou a “aranhonça”, como queria, e são curtos já os meses de uma possível demissão de Costa (como se alguma vez o tivesse querido?!...). Por nós descanse e não pense em recandidatura! Tem já certa idade, apresenta um ar cansado e a pilhéria dos afectos e das selfies já deu o que tinha a dar, sendo que pode continuar como CEO da “empresa”(!) das comendas, voltar às TVs como animador-comentador, representar o país lá fora ( aliás são poucos os países que ainda não conhece... ), ir a eventos, frequentar livrarias, comer pastéis de nata à vontade, redobrar os banhos no Guincho e falar de tudo, mesmo contra o Costa e do ocorrido em Tancos. Tendo lugar garantido no Panteão, ainda pode aproveitar o tempo para matar saudades, dando umas “aulas” pelas universidades e visitar de novo Moçambique e Celorico de Basto. Mas leve também o M.Mendes!...
4. O «Livre», afinal, quer-se libertar da Joacine, que já se revelou como é e pensa. «Com um discurso agressivo, foi ao congresso insistir na mensagem de que a vitória foi só sua --- de uma mulher gaga, negra e antirracista» (JN, 19.1.20), e mostrou ser uma activista militante, independente, senhora do seu nariz, seguindo de certo modo o caminho do ex-BE Rui Tavares, o mentor. Aliás, a vida dos políticos anda pelas ruas da armagura, já que «Sousa Lara deixou de ser porta-voz do “Chega” por não abdicar da subvenção a ex-políticos de que o partido se faz porta-estandarte», e Rui Zink,“o amigo da geringonça”, comenta (CM, 11.1.20): «Era fatal como o destino. Um dia, as organizações puritanas que prometem fantasias começam a dar de si», mas puritanismo ou não, a verdade é que o esquema das subvenções e subsídios aos políticos muito dificilmente escapa à figura de mais um “roubo” e “afronta “ ao povo.
5. Como novidade, diga-se, o Rio ganhou e vai ser presidente do PSD. Mas longe de ser o salvador do partido e o “banheiro da ética” anunciado, vai acabar por ser o seu “coveiro” dadas a sua muito especial maneira de ser, o espartilhado do seu ar trocista e revanchista, a memória reverbativa e de passado recalcado de que dá mostras, a teimosia e a ufania de uma cultura germanófila enraizada, e o seu tom de ironia zombeteira, a que acresce todo um “acompanhamento” de “fanfarra de feira” onde pululam muito discutíveis “tocadores”, como a Quintela, a ex-bastonária da OA, o Meneses, o transmontano Silvano, o arguido eurodeputado Amaro, o Malheiro dos “palheiros” do Furadouro, o Maló, o boxeur Sarmento, etc.,de questionáveis e problemáticas valia e confiança.
O povo, esse, cada vez mais aparvalhado e descrente com as “andanças” da política e a “classe” nascida em Abril, que tão só se vem “cevando”!...
13 Junho 2025
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