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O GMOE e GRIA no Agrupamento de Escolas de Maximinos

Da Avenida da Liberdade para a cidade

O GMOE e GRIA no Agrupamento de Escolas de Maximinos

Voz às Escolas

2024-07-31 às 06h00

Paulo Antunes Paulo Antunes

Num cenário onde a presença de técnicos especializados nas escolas ainda é limitada, é crucial destacar o papel essencial que desempenham no desenvol- vimento educativo e pessoal dos alunos. O Gabinete de Mediação e Orientação Escolar (GMOE) e o Gabinete de Receção, Integração e Adaptação de alunos estrangeiros (GRIA) do Agrupamento de Escolas de Maximinos (AEMAX) são exemplos desta importância, mostrando como a intervenção multidisciplinar pode transformar positivamente a vida escolar e pessoal dos alunos.
O GMOE começou o ano letivo com uma equipa composta por 2 técnicas de educação social, 2 psicólogos e 1 assistente social, organizados para otimizar recursos e focar-se em diferentes áreas de intervenção. A atuação do GMOE foi distribuída por territórios específicos, com cada técnico responsável pelas diferentes escolas do AEMAX, permitindo uma abordagem mais focalizada e eficiente. Esta equipa dedicada trabalhou em estreita colaboração com todos os agentes educativos e parceiros externos, assegurando um suporte abrangente aos alunos.

A intervenção do GMOE abrangeu várias áreas cruciais, com uma educadora social a liderar o Programa de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário (PDPSC). Este programa, implementado em todas as escolas do agrupamento, teve um forte enfoque na prevenção e desenvolvimento de competências socioemocionais e cognitivas entre os alunos. Através de sessões em grupo e individuais, mais de 800 alunos beneficiaram de atividades que promoveram a inteligência emocional, competências de comunicação, gestão de emoções e resolução de conflitos, resultando em melhorias significativas nas relações interpessoais e no ambiente de sala de aula.
Com o crescente número de alunos migrantes, cuja língua materna não é o português, foi crucial a criação do GRIA. Este gabinete, integrado pelos técnicos do GMOE e três professoras do agrupamento, focou-se na receção, integração e adaptação destes alunos.

Ao longo do ano letivo, alunos de diversas nacionalidades foram acolhidos e acompanhados, recebendo suporte nas áreas escolar, pessoal e social. A participação ativa na Rede de Escolas para a Educação Intercultural (REEI) proporcionou à equipa do GMOE uma plataforma para partilhar práticas, recursos e desenvolver estratégias de inclusão e apoio educativo intercultural.
A área da educação e serviço social desempenhou um papel vital na intervenção direta com alunos e famílias, abordando problemáticas como o absentismo escolar, fragilidades socioeconómicas, e comportamentos de risco. A intervenção social envolveu assessoria contínua aos educadores e professores, atendimento aos alunos e encarregados de educação, e colaboração com parceiros externos. Este trabalho resultou num apoio abrangente aos alunos e respetivas famílias, contribuindo para a sua integração e sucesso escolar.

A intervenção do GMOE incluiu vários programas e projetos destinados a diferentes necessidades dos alunos. O projeto "Pais +presentes" focou-se na educação parental, oferecendo sessões sobre métodos de estudo, prevenção do bullying e saúde mental. A animação de recreios e atividades lúdicas e culturais também foram promovidas, envolvendo inúmeros alunos e incentivando a convivência saudável e a resolução de conflitos.
A orientação vocacional foi outro pilar essencial do trabalho do GMOE. Foram desenvolvidos processos de orientação com alunos do 9º e 12º anos, bem como com aqueles que manifestaram interesse em percursos profissionalizantes. Através de sessões individuais e em grupo, a equipa ajudou os alunos a tomar decisões informadas sobre o seu futuro académico e profissional, proporcionando-lhes ferramentas para um percurso de sucesso.

A articulação e colaboração entre os técnicos do GMOE, professores, educadores e parceiros externos foram determinantes para o sucesso das intervenções. A intervenção multidisciplinar abrangeu mais de 300 alunos, com especial atenção às necessidades dos alunos migrantes e de minorias étnicas, fortalecendo a integração e o sentimento de pertença à comunidade escolar.
Face ao exposto, constata-se que o trabalho desenvolvido pelo GMOE e GRIA no AEMAX é um testemunho da importância de dar palco ao papel destes técnicos nas escolas.
Através de uma abordagem multidisciplinar, focada nas necessidades específicas dos alunos, estas equipas conseguiram promover um ambiente escolar mais inclusivo, seguro e propício ao desenvolvimento pessoal e académico dos alunos. No entanto, a carência de técnicos especializados continua a ser uma fragilidade a ser superada, realçando a necessidade de a tutela reforçar estas equipas para um suporte ainda mais eficaz e abrangente.

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