Os perigos do consumo impulsivo na compra de um automóvel
Ideias
2023-05-06 às 06h00
Desce as escadas como quem sai dos balneários para entrar em campo. Não traz papéis na mão. Ar aparentemente calmo. O olhar faz movimentos circulares para disfarçar um eventual nervosismo. O microfone está a meio. Começa a falar. Surpreende.
Diz que o seu jogador vai continuar a ser convocado. Não aceita a saída da equipa. Afinal, ele é que é o treinador e quem escala o “onze” é ele. E mais ninguém.
Ali bem perto, a assistir pela televisão, o árbitro nacional, com o recurso ao VAR (Verificador À República), emite comunicado repentino e dá a conhecer oficialmente a sua posição. Considera não haver mais infraestruturas para manter a relação e, por ele, o jogador rescendia ali o seu contrato e terminava o seu percurso.
O jogo começa. Ou melhor, a primeira parte do jogo estava a terminar. E a imagem que fica é de um frente a frente, um “tête-à-tête”, como quando um jogador simula encostar a cabeça ao árbitro, a contestar uma tomada de decisão.
Segue-se o intervalo. Um dia de intervalo. E, em abono da verdade, o que se faz no intervalo de um jogo? Vai-se ao… bar! Saborear um petisco, beber algo ou… comer um gelado! Para serenar os ânimos. E refrescar a cabeça. Ou fazer um pouco de tempo, enquanto não começa a segunda parte.
Conversa-se novamente na bancada, especula-se nos bastidores. Fazem-se apostas. Online? Também. Mas ninguém arrisca o que vai acontecer. O jogo tem sido surpreendente e arriscar um palpite nesta altura é perder uma aposta. Garantidamente. E ninguém quer perder, afinal. Nem num jogo a feijões.
Começou o segundo tempo. O jogo – já se viu – é sempre às 20 horas. Um bom horário. É quando o público está no conforto das suas casas a ver o espetáculo. Mas o jogo não sai do meio-campo. Bola para o lado… esquerdo. Bola para o lado… direito. E o público a querer ver golos! Afinal, pagam bilhete (impostos) para isso mesmo. Para ver golos, para terem resultados.
Pára tudo. Fala o árbitro. Leva o apito à boca. O gelado já tinha derretido. Interrompe o jogo. E fala outra vez, agora em conferência de imprensa. Já não manda bitaites para ofuscar a oralidade do treinador, como acontecera anteriormente.
De manhã, anuncia o uso da palavra para causar frenesim. Consegue. O público, expetante na bancada, quer ouvir a decisão do árbitro. Aventa-se a possibilidade de ir tudo para os balneários e do jogo acabar mais cedo. Teme-se expulsão direta. Uma “chicotada” psicológica. Ou então um prolongamento.
Antes de falar às 20 horas, o árbitro conversa com o capitão de equipa. E volta a entrar em campo. É durinho, por sinal. Diz que, a partir de agora, não vai tolerar mais nenhuma infração às regras do jogo. E promete estar mais atento, ainda! Ameaça com um cartão amarelo, mas com tons… avermelhados.
Os jogadores percebem a irritação do árbitro. Não há grandes comentários. No futebol, todos sabemos o que acontece a seguir, quando se dá um voto… de confiança! Mas este é um jogo. Provavelmente, de xadrez. Veremos como decorre a jogada seguinte.
PS:. Os próximos episódios continuam num enredo perto de… nós! Enquanto isso, o verão está a chegar. Os dias quentes também. E pode apetecer um gelado…
15 Junho 2025
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