De alunos para alunos no Conselho EcoEscola da ESMS
Escreve quem sabe
2020-12-04 às 06h00
Hoje, tal como tinha anunciado, continuarei na análise à Constituição Mundial através do 2º artigo, onde são definidos a adesão, livre e voluntária, a uma Promessa e a uma Lei e o emblema do Escutismo Mundial, uma vez que, na última crónica, já abordei os três Princípios do Escutismo.
No passado, já partilhei, com os leitores, a temática da Promessa e da Lei em vários artigos, mesmo assim, para não os obrigar a uma pesquisa desnecessária, vou apresentar os respetivos enunciados que são usados pelo Corpo Nacional de Escutas:
A Promessa: Prometo, pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por:
1. Cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria;
2. Auxiliar o meu semelhante em todas as circunstâncias;
3. Obedecer à Lei do Escuta.
Esta formulação marca um compromisso pessoal do jovem relativamente aos princípios espirituais, sociais e pessoais apresentados pelo escutismo e que abordamos no último artigo. Mas também aos valores propostos na Lei do Escuta. Naturalmente que o escuteiro tem consciência das dificuldades do percurso, por isso, o texto da Promessa coloca-o sob a proteção divina.
Este compromisso marca um caminho, onde o processo de melhoria é constante e permanente, não terminando “ao dobrar de esquina”, sendo para toda a vida, mesmo depois de deixar o Movimento. Estes valores não se esgotam numa com a juventude, nesta, eles moldam a personalidade para que, no futuro, ele seja um cidadão solidariamente ativo à luz da fé professada.
A Lei do Escuta:
1. A Honra do Escuta inspira confiança;
2. O Escuta é leal;
3. O Escuta é útil e pratica diariamente uma boa ação;
4. O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros Escutas;
5. O Escuta é delicado e respeitador;
6. O Escuta protege as plantas e os animais;
7. O Escuta é obediente;
8. O Escuta tem sempre boa disposição de espírito;
9. O Escuta é sóbrio, económico e respeitador do bem alheio;
10. O Escuta é puro nos pensamentos, nas palavras e nas ações.
Desta forma simples, mas rica de significados, Baden-Powell apresenta os valores que devem nortear a vida de um escuteiro.
Porque o fundador tinha bem presente as dificuldades da constante vivência destes valores que os enquadra no compromisso que o escuta assume na sua Promessa «fazer todo o possível», com a consciência plena de que “a pedagogia do erro” é um instrumento fundamental para o desenvolvimento de cada pessoa. Assim, este decálogo permite ao jovem ir construindo o seu percurso educativo balizado pelos valores de cidadania, marcados por uma presença constante do humanismo e embebido no quadro de uma ação de liberdade e libertadora. Com a Promessa e a Lei do Escuta, Baden-Powell deixa bem claro o caminho para a felicidade de cada um, lembrando que «o melhor meio para alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros», para que, desta forma, cada um procure «deixar o mundo um pouco melhor».
O fundador, no final do livro “Escutismo para Rapazes”, apresenta assim o movimento «O escutismo é uma fraternidade mundial. Um dia qualquer de vós poderá ter ocasião de conhecer escuteiros de muitas nações num Jamboree (termo usual para se designar o acampamento mundial do escutismo)».
Por isso, a Constituição Mundial do Escutismo, descrevo o Emblema do Escutismo Mundial como «o símbolo de pertença ao Movimento Escutista. É constituído por uma flor de lis branca estilizada, envolvida por uma corda mesma cor disposta em círculo e unida na sua parte inferior por um “nó direito”, o conjunto sobre fundo púrpura, e constitui um elemento essencial da identidade de marca do Movimento escutista.»
A flor de fis, num feixe de três pétalas que nos remetem para os três Princípios do Escutismo, unidas no mesmo feixe por uma ligação, símbolo da fraternidade que une todos os escuteiros, sem distinção de classes, raças, nacionalidades ou religiões. Ao centro, a linha vertical, como a agulha da bússola, indica o caminho apropriado, que norteia para se chegar ao destino pretendido. Ora, este percurso também implica a aventura, a descoberta, a orientação, a ação e a delicadeza com os outros. Finalmente, a corda com o “nó direito”, que delimita o infinito da universalidade da Fraternidade Mundial do Escutismo bem como a área de ação onde cada escuteiro exerce a sua missão suplementar sugerida por B.-P. «os escuteiros de todo o mundo são os embaixadores da amizade».
20 Janeiro 2021
19 Janeiro 2021
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