O estado do emprego e desemprego em Portugal
Escreve quem sabe
2024-11-30 às 06h00
Portugal tem atualmente cerca de 10,5 milhões de habitantes. Em 1900 tinha cerca de 5,4 milhões. Apesar de quase ter duplicado neste intervalo de tempo, a população portuguesa está a envelhecer rapidamente. Em cerca de 20 anos a idade média passou de 38,5 para 47 anos de idade e atualmente temos mais de 2,5 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, valor este que aumenta a uma taxa de 2% ao ano. A nossa situação demográfica só não é pior porque nos últimos anos tem-se registado um saldo migratório positivo com algum significado, fruto da entrada de muitos migrantes oriundo, sobretudo, da América do Sul, África e Ásia, que buscam o nosso país para trabalhar.
Comparando a população jovem (dos 0 aos 14 anos com a idosa), temos por cada 100 jovens, 185,6 idosos (181,3 em 2021).
Com um peso tão grande na população, as comemorações do dia internacional do idoso deveriam ter tido um outro destaque, sobretudo por duas ordens de razão. Primeiro, porque importa alertar para as consequências que este envelhecimento representa e para a necessidade urgente de o inverter. A taxa de fecundidade (n.º de filhos por mulher), que em 1960 era de 3,16, recuou para 1,38 em 2021. De facto, sem embargo dos imigrantes poderem ser uma solução para a crise demográfica, se pretendemos manter a nossa identidade cultural e um estilo de vida próprio, então temos de fazer algo que leve os nossos jovens a ter mais filhos. Cães, gatos, Internet e egoísmo individual não são solução.
Por outro lado, uma população cada vez mais idosa levanta imensos problemas. Problemas ao nível do sistema nacional de saúde, porque a população idosa requer mais cuidados de saúde. Para contrariar este aspeto ou atenuá-lo, é importante promover o envelhecimento saudável. O envelhecimento saudável traduz-se em envelhecer com o máximo de qualidade de vida, o que implica uma atitude proativa dos idosos, hábitos de vida saudáveis, cuidados com a alimentação, e manter-se ativo física e mentalmente.
Mais importante do que prolongar a vida das pessoas é que vivam com qualidade. Claro que isto depende de múltiplos fatores, de opções individuais, do estilo de vida ao longo da mesma, da hereditariedade, mas também depende muito das políticas públicas de apoio aos idosos.
Importa também refletir que os consumidores idosos são, do ponto de vista do consumo, cada vez mais, consumidores importantes, cujas necessidades específicas motivam as empresas para a produção de bens e serviços adequados às suas especificidades. Devido a limitações físicas e cognitivas, dificuldades de acesso à informação e isolamento social, algumas pessoas idosas podem ter dificuldade em tomar decisões informadas, tornando-se consumidores particularmente vulneráveis. Entre os principais desafios que estes consumidores enfrentam estão a dificuldade em compreender os termos dos contratos, a exposição a abordagens agressivas que pressionam a compra de bens de que não precisam, a adesão a contratos que envolvem créditos de alto valor (que frequentemente não conseguem pagar), a falta de conhecimento sobre os seus direitos e a dificuldade no cancelamento de contratos.
Em Portugal, entidades como o Tribunal de Consumo e os Centros de Informação Autárquico ao Consumidor (CIAC) são serviços que integram o Sistema de Defesa do Consumidor e aos quais muitos consumidores idosos recorrem para pedir informação ou ajuda para resolver conflitos de consumo. Entre os temas mais frequentes estão as vendas de aparelhos auditivos, de planos de saúde e de equipamentos purificadores de água, bem como os contratos de telecomunicações e de fornecimento de eletricidade. O contacto com os consumidores é feito, muitas vezes, ao domicílio (porta-a-porta), mas também através de telefone ou nos próprios estabelecimentos comerciais, sendo frequente a celebração de contratos de crédito associados a um contrato de compra e venda por idosos analfabetos.
07 Dezembro 2024
06 Dezembro 2024
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