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O primeiro ano do resto das nossas vidas

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O primeiro ano do resto das nossas vidas

Ideias

2022-10-04 às 06h00

João Marques João Marques

Cumpriu-se recentemente o marco simbólico da passagem de um ano sobre a terceira e última eleição de Ricardo Rio para a liderança da autarquia bracarense.
Esta efeméride poderia ser tão somente isso, mas acaba por ser muito mais do que apenas um “primeiro aniversário” de mandato.
Desde logo porque Ricardo Rio conseguiu manter uma dinâmica notável nos projetos de referência que servem o concelho e melhoram a vida das pessoas.
Com a candidatura a Capital Europeia da Cultura, em 2027, à cabeça, o líder da coligação Juntos por Braga continua a mostrar que pensa para lá do seu mandato e para além de si próprio.
É pacífico que não será Ricardo Rio a inaugurar a Capital Europeia da Cultura, na eventualidade de esta ser atribuída a Braga. Em 2027 estaremos já a meio do próximo mandato autárquico, pelo que nem sequer sabemos que partido, coligação ou movimento estará ao leme dos destinos da Câmara Municipal.

Tal circunstância não impediu que se investisse fortemente num desígnio que o próprio acredita ser um fator de desenvolvimento e afirmação local, regional e internacional de Braga no nordeste peninsular. O objetivo é claro, afirmar o concelho como como um dos principais polos culturais, económicos, sociais e políticos da região.
Para quê?
Simples, para que projetos como os do TGV não deixem de passar por aqui. Para que Braga tenha voz no eixo Lisboa-Bruxelas, para se fazer ouvir e, sobretudo, para não se deixar silenciar.
Também por aí é fundamental a estratégia de solidificação da cidade nos fóruns internacionais, como o Comité das Regiões, o Eixo Atlântico e um conjunto de outras organizações de variado foro, onde Ricardo Rio não só participa como encabeça os seus corpos dirigentes.

De 2013 para cá, Braga não passou a ter apenas uma voz, passou a ser “a” voz de uma região e é por isso que já não sorrimos de soslaio quando ouvimos falar da possibilidade de Braga acolher grandes certames internacionais de cultura, ou grandes eventos desportivos ou, ainda, conferências e encontros de importantes atores económicos, científicos ou políticos.
O crescimento da população, impressivamente notado no censos de 2021, não é mero acaso, sendo ainda mais notável se comparado com as demais capitais de distrito.
Como não é caso de fortuna assinalar que, desde 2014, Braga cria cerca de dois mil novos empregos por ano.
E como não é mero sortilégio a subida exponencial a que assistimos no ranking das exportações, onde Braga ocupa o 4.º lugar nacional, com um volume de perto de 2 mil milhões de euros anuais.
Os últimos 365 dias serviram, contudo, para fazer um “reset” na atividade do município e do concelho. Depois dos difíceis anos da pandemia, onde a autarquia se assumiu como uma das referências nacionais no apoio às pessoas, às IPSS e ao tecido económico e associativo local, 2022 foi ano de retoma.

As variadas iniciativas populares, com o S. João e a Noite Branca à cabeça, voltaram à normalidade, trazendo muitas dezenas de milhares de pessoas às ruas da cidade. E vários outros momentos de convívio e de dinamização de atividades desportivas, de lazer, dedicados a miúdos e graúdos puderam, agora, (re)ver a luz do dia.
Ao mesmo tempo, foram lançadas iniciativas meritórias como o programa de bicicletas partilhadas ou a inovadora possibilidade de os cidadãos de Braga poderem aceder a consultas médicas à distância gratuitamente, através da parceria estabelecida com o centro de medicina digital P5.
Em matéria de planeamento, está em curso a revisão do PDM, que aqui já abordei e que visa desbloquear alguns constrangimentos à fixação de população no concelho, sem, contudo, perder de vista a prioridade à qualidade de vida e de vistas que todos merecemos.
Sobre habitação, de resto, a revisão da Estratégia Local de Habitação e do Regulamento de Apoio à Habitação são o testemunho do genuíno comprometimento com quem mais precisa, dignificando o acesso a um direito constitucional.

Finalmente, uma palavra para o virar de página que constituiu a aprovação da delimitação da primeira unidade de execução do Plano de Urbanização do futuro Parque Eco-monumental das Sete Fontes. Um passo de gigante na concretização de uma promessa eleitoral, mas sobretudo na reversão de um atentado ao património natural.
Este aniversário é, todavia, e como dizia no início, mais do que um testamento vivo ao dinamismo de Ricardo Rio. Ele marca o início da contagem do tempo, num relógio que bate sem amarras. E essa contagem tanto pode ser descendente, no sentido do fim de uma era, ou ascendente, anunciando um renovar de propósitos que permita a continuação de uma visão diferente para Braga.
Seguramente que Ricardo Rio deseja que o velho adágio popular “depois de mim virá, quem de mim bom fará” não se concretize.
Alguém comprometido, desde a primeira hora, com uma mudança estrutural das bases sobre as quais assenta a política autárquica bracarenses, será o primeiro interessado em demonstrar que “o melhor está ainda para vir”.

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