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O que é a política de direita na vida da juventude

Lei dos Solos: a descentralização de competências na habitação

O que é a política de direita na vida da juventude

Ideias Políticas

2025-01-28 às 06h00

Inês Rodrigues Inês Rodrigues

A realidade vivida pelos jovens no nosso país é espelho do aprofundar da política de direita. Política de direita que foi iniciada pelo anterior governo PS e agora é aprofundada, embora embelezada por manobras de propaganda, como o programa Mais Habitação, a nova lei dos Solos, o IRS Jovem, a isenção do IMT e imposto de selo.
O Programa do atual governo PSD/ /CDS traduz bem aquilo que identificamos como aprofundar da política de direita. A política de direita retira os meios humanos, financeiros, legais e técnicos com vista à fragilização dos serviços públicos, abrindo caminho para a sua destruição ou privatização.
Vejamos a Escola Pública, que se degrada a todo o momento, começando pelo desprezo e falta de profissionais, escolas que precisam de obras, faltam psi- cólogos e reduzir o número de alunos por turma. Enquanto isto, as escolas privadas que só estão ao acesso de uma minoria não têm dificuldades, sendo óbvia a preferência por este último. O caminho de privatização da escola pública é preocupante. Esta nasceu depois do 25 de Abril com o intuito de garantir a todos um ensino de qualidade, e está a perder o seu propósito.
No Ensino Superior, a política de direita está plasmada nas ameaças em relação ao aumento da propina, falta de residências públicas, aumento constante do prato social e crescentes dificuldades no acesso à acção socia. Quando o caminho devia ser o da democratização do ensino superior, o governo opta por dificultar o seu acesso e frequência – neste quesito, os alunos da Universidade do Minho devem sentir-se duplamente traídos pelo atual Ministro da Educação, professor desta casa.
O desmantelar com o claro intuito de privatizar o Serviço Nacional de Saúde, em vez de reforçar os seus meios em toda a linha para dar uma resposta de qualidade a todos os que precisam. Querem fazer renascer as PPP, negociata mais que provada que em nada serve para dar resposta aos reais problemas dos utentes, como provam as unidades de saúde tipo C. O caminho feito pelo governo é no sentido de desviar os recursos que deviam ser encaminhados para o SNS para os negócios privados da saúde. Se há dinheiro para os privados, porque não há para o público?
Portugal tem das taxas mais baixas de habitação pública (cerca de 2%) e há mais de 700 mil fogos devolutos no país. Há uma banca pública que não serve para garantir o direito à habitação e um governo que cria uma lei dos solos que privilegia a especulação. Em vez de
proteger os inquilinos e garantir meios para adquirir habitação própria, o governo segue o caminho iniciado pelo PS, deixando para trás o direito à habitação.
O caminho é mesmo o da construção de uma alternativa patriótica e de esquerda, que defenda os interesses dos jovens, do povo e do país. Não é o de continuar com o que tem sido feito na expectativa de resultados diferentes. Portugal é marcado pelas crescentes desigualdades e injustiças, e não haja dúvidas que o problema é mesmo a política de direita.

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