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O que deve ser um candidato à Câmara Municipal de Braga?

Entre a vergonha e o medo

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O que deve ser um candidato à Câmara Municipal de Braga?

Ideias

2024-10-01 às 06h00

João Marques João Marques

Antes de mais, alguém com vontade de o ser. O pior que pode ocorrer a um projeto político é ser liderado por quem manifestamente não veste a camisola.
É, seguramente, alguém preparado. Conhecer os dossiers, contactar com as pessoas e as forças vivas da comunidade, ao mesmo tempo que se apresentam ideias e propostas que ressoem nos cidadãos é fundamental para trilhar um caminho de vitória.
Como ninguém nasce preparado é também alguém trabalhador, capaz de se dedicar ao estudo das matérias da governação, focado em batalhar pela sua visão e empenhado em melhorar-se continuamente.
É alguém com o justo equilíbrio entre a ambição e a humildade. Desejar fazer mais e melhor é natural e indispensável para quem se apresenta a sufrágio. Por outro lado, há que temperar essa ambição com doses homeopáticas de humildade. Isto é, sem diluir demasiado a ambição, há que saber regrar e moderar os ímpetos que nos podem tornar cegos a reconhecer a razão do outro, ou a imprescindibilidade de mudar quando o caminho que tínhamos trilhado se demonstra menos eficaz ou adequado do que a alternativa.
É alguém agregador. Não consensual, mas suficientemente atrativo para agregar os fiéis votos dos militantes e apelar a um público maior do que aquele que compõe a tradicional operação de aritméticas partidárias e que consiga até garantir o voto de eleitores que tradicionalmente não partilhem o espectro ideológico desse candidato.
É, hoje em dia, alguém que compreende e consegue gerir os fenómenos de interação social modernos, sem, contudo, capitular perante os juízos quase sempre precipitados de comunidades virtuais ávidas de respostas imediatas e menos ponderadas.
É alguém com provas dadas. Na oposição ou no poder, espera-se de um líder de um projeto político autárquico quem tenha já demonstrado por atos concretos, pela dedicação e pela resiliência ser capaz de transformar em resultado o que há de ser proposto em programas eleitorais.
É, finalmente, alguém com perfil para o cargo. E este aspeto, sendo extremamente subjetivo, pode-se traduzir em alguns indicadores que qualquer pessoa intui: postura, carisma, sentido de responsabilidade, determinação, audácia e inteligência políticas.
Em Braga, o PSD foi o primeiro partido a iniciar o processo de designação do futuro candidato à Câmara Municipal. Sendo este o primeiro processo de transição e liderança num contexto de exercício de poder, o desafio era grande, mas a resposta foi, julgo eu, à altura.
O nome escolhido de forma esmagadora pela concelhia local foi o de João Rodrigues. O atual vereador do Planeamento e Ordenamento, Gestão Urbanística, Regeneração Urbana, Habitação, Inteligência Urbana e Inovação Tecnológica.
A atribuição deste conjunto de responsabilidades foi, desde logo, um testemunho forte da crença e confiança com que Ricardo Rio olhou para João Rodrigues em 2021.
Temas importantíssimos como o da revisão do PDM, a solução para o Parque urbano das Sete Fontes, a habitação e os domínios da inovação na gestão autárquica ficaram nas suas mãos. Em todos eles João Rodrigues deu provas de preparação e competência.
Ora, o novo PDM dá prioridade às respostas de que o concelho precisa para fixar população e assegurar qualidade de vida. Nasce, assim, uma nova fase nas políticas de gestão do espaço urbano em Braga e uma visão de futuro para a habitação e mobilidade.
O difícil tópico do Parque urbano das Sete Fontes está prestes a ser uma realidade e mais uma promessa cumprida da Coligação Juntos por Braga, também graças à ação e dinamismo de João Rodrigues.
Na habitação, a regeneração dos bairros sociais da cidade, o aumento exponencial da quantidade e qualidade dos apoios à habitação em conjunto com a dinamização do associativismo das comunidades de moradores dá boa nota das preocupações humanistas do atual vereador, mas igualmente da capacidade de ligação ao tecido social.
Não menos impressionante tem sido a capacidade de resposta nos licenciamentos de projetos no domínio da habitação, em que Braga continua a ser líder a nível nacional, mostrando muitas vezes o caminho a grandes cidades como o Porto ou Lisboa.
Tudo isto alcançado sem estrilho, sem soberba ou qualquer tique de arrogância. Mais, sempre com extrema lealdade, em equipa e respeitando o atual presidente.
O que é um candidato? É seguramente João Rodrigues, alguém que o quer ser, que se preparou para ser, que trabalhou para ser, que não se deixou cegar pela ambição de poder ser candidato e, também por isso, construiu as condições para agregar ao invés de separar. João Rodrigues compreende e vive no seu tempo, sem se deixar por ele amedrontar. Deu várias e relevantes provas de estar preparado para ser o próximo presidente da autarquia, criando as bases para um relacio- namento próximo com as pessoas e as instituições de Braga. E nisso contruiu um perfil que o torna no melhor nome para suceder a Ricardo Rio e continuar o muito que há ainda por fazer no projeto da Coligação Juntos por Braga.

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