Entre decisões e lições: A Escola como berço da Democracia
Ideias
2025-05-09 às 06h00
Quase todos os dias o mundo é abalado com novas declarações de Trump que ameaçam o nosso modo de vida. São as tarifas, as ameaças de conquista e invasão das regiões que interessam, pela sua riqueza, à plutocracia americana e desrespeito descarado pelo sistema democrático e separação de poderes.
Mas será que este comportamento vai continuar? Por outras palavras, é possível prever os próximos passos de Trump?
Não é possível prever porque esta criatura não tem um pensamento racional. É um megalómano psicopata e egocêntrico.
A pergunta seguinte é esta: Como explicar que Trump tenha obtido mais do que 50% dos votos dos eleitores na primeira democracia moderna, cuja constituição assenta no sistema de equilíbrio de poderes e na teoria de cheques e balanços. Há uma explicação. Trump domesticou o partido republicano, transformando os senadores e representantes republicanos no congresso em seres amorfos e abúlicos. E não ganhou as eleições devido ao seu carisma, e, até ao peso crescente das redes sociais.
Trump ganhou as eleições porque encarnou as aspirações, os desânimos e os rancores dos abandonados e rejeitados pela globalização (empregados industriais e agricultores). Acresce a influencia das igrejas evangélicas e o movimento de extrema-direita. Tudo gente que a elite do Este e do Oeste abandonou. E por isso, ele é também contra as universidades.
O MAGA (Make American Great Again), slogan da Campanha de Trump em 2016, novamente adotada em 2024, sintetiza a ideia de que os EUA eram antes um grande país, mas perderam a sua hegemonia devido a influencia estrangeira, aos imigrantes e à globalização. E, por isso, defende o protecionismo económico, o controlo da imigração e promoção de “valores nacionais”, associados à discriminação da raça, género e diversidade sexual.
O termo MAGA não é novo, tendo sido usado pela primeira vez por Ronald Reagan, mas recorre às ideias do Presidente Jackson (1829-1837(, demagogo populista que promoveu a fé no cidadão comum, desprezando a lei e advogando o capitalismo selvagem. Trump interpretou o pensamento de Jackson, afirmando “desprezo a tirania da globalização que roubou os nossos empregos”.
Outra inspiração de Trump que aliás citou na tomada de posse, é o Presidente McKinley (1897-1901) impulsionador do crescimento industrial, protecionismo e política externa expansionista.
Alguns classificam o Trumpismo como o populismo de direita; outros de fascista. Na minha opinião, trata-se de um movimento populista eclético que não recua perante nada, mesmo que os seus atos ameacem destruir a ordem mundial e o sistema político norte-americano.
Disse eclético porque inclui a ideia dos movimentos radicais do “Tea Party”, apoiantes da antiga confederação do sul e suprematistas brancos; além do nacionalismo cristão que apelida a democracia americana de “totalitarismo liberal”. Os pensadores do Trumpismo integram a Fundação Heritage, movimento conservador que defende um capitalismo selvagem, sem regulação e um regime autoritário centralizado.
E, embora muitos dos republicanos considerem Trump um charlatão que passou a vida a enganar as pessoas, alguém estruturalmente psicopata, deixam andar sem oferecer qualquer resistência.
15 Maio 2025
15 Maio 2025
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