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Ideias
2010-04-23 às 06h00
Vivemos confrontados com obscenidades e imoralidades a granel tantos são os casos e situações em que o imoral e o obsceno se entrelaçam, perturbando-nos. E se não nos perturba nem “mexe” connosco que o Mexia da EDP ganhe balúrdios pois entende-se que aos competentes e mais aptos se lhes atribuam gordos prémios e vencimentos, já não aceitamos o moralismo e os “ais” de certos indivíduos que, sem autoridade nem moral para tal, falam em “imoralidade” e “obscenidade”. Até porque vêm vivendo em idênticas “obscenidades”, sem apertos nem indexados a um RSI.
Na verdade são de todo insólitos e ridículos os queixumes, as “dores” e “ais” de tais “cruzados” do moralismo e paladinos da seriedade como um Seguro, Henrique Neto, Marques Mendes, Mira Amaral e tantos outros quando é sabido que uns, há muito avençados da política, dela vivem ou tiram chorudos dividendos, e que outros “suportam” as agruras(!?) de reformas obscenas e mais comedorias daí emergentes ou conexas. Aliás obscenidade, sim, é a “lata” que têm para falar de tal.
Evocando-se o caso do Paulo Moita Macedo, nomeado Director Geral das Contribuições e Impostos por Ferreira Leite e que foi ganhar 23500 euros mensais, mas com excelentes resultados, diga-se, há que concluir que a história se repete. Então, tal como agora, houve estardalhaço, escandaleira e muitos coitadinhos a choramingar, e, como hoje, todos eles minados e afectados por esconsa e incontornável inveja.
Claro que se gostaria de auferir bons proventos e reformas e não se compreende tão acentuado desnível de vencimentos quando há pessoas a viver com parcos recursos, fome e na miséria, lamentando-se sobretudo que a EDP, com tantos lucros, não baixe o custo da electricidade.
Aliás confessamos que nos incomodam muito mais as muitas outras obscenidades e imoralidades em que Abril desaguou, como as usuais nomeações para a gerência e administração de determinadas empresas, auferindo grossos proventos e ignorando competências, de ex-governantes, políticos em desemprego, amigos do peito, compadres do partido, etc., engrossando uma elite de pavoneios e inutilidades e enformando uma casta de privilegiados numa partidocracia de pacotilha.
Mas, note-se, há outras “obscenidades” e “imoralidades” como um PEC em que se “engana”o povo dizendo não se aumentar impostos mas onerando-se e agravando-se bolsas e vidas com reduções de deduções fiscais, novos escalões do IRS, tectos de prestações sociais, sonegação de subsídios e compartições, etc., tudo a desaguar em “encapotados impostos”e em miséria de vida, e com o povo ainda sob a ameaça de mais 770 milhões de euros de dívida externa para auxílio(?!) à Grécia.
E as “obscenidades” persistem com a atribuição e manutenção de subsídios a quem deles não carece devido a falta de controle, a ausência de honestidade, a medos e compadrios, o que se vem configurando como “obscenos convites” à preguiça e à fuga ao trabalho.
Obscenidades e imoralidades que “engordaram” com Abril e toda a subsequente procura de dinheiros fáceis, regalias, benesses e nada de trabalho, acabando-se por se perder qualquer resquício de carácter, seriedade, honestidade e respeito pelos valores humanos e éticos, e seus princípios, e a um tal ponto que, note-se, até já se vem falando em códigos de ética para certos serviços e funções.
Na realidade, como é sabido, desabrochou e medrou então uma nova e grossa classe de predadores de dinheiros públicos, os políticos, anotando-se que é por demais gordo o número de deputados e governantes em mera inutilidade, alguns com casa em Lisboa mas com subsídio de alojamento face às suas residências de origem, e muitos outros, da mesma laia, a vivenciar o negativismo do inútil e a “mamar” subsídios, ajudas de custo, se-nhas de presença e viagens pagas, como as Medeiros deste país. E tivemos sorte!... Se fosse a Daniela Ruah, que vive nos E.Unidos, estávamos feitos!
Dinheiros que obscenamente se vão esvaindo e engrossando um défice de vergonha, gastando-se à tripa forra em cargos, subvenções e funções mascaradas de democratas como altas autoridades, provedorias, observatórios, entidades reguladoras, comissões e fundações para isto e para aquilo, subsídios a esmo, cursos das novas oportunidades,pagando-se a “alunos” e parindo-se competências e conhecimentos(?!), etc., mas sempre delapidando-se o erário público com os sucessivos “arrotos” de desgoverno de quem nos governa ... “governando-se”!.
Entretanto vêm vingando inconfessáveis obscenidades e imoralidades de vida e de decência com um alastrar de casos de incontornável suspeição e fundadas dúvidas, aliás nunca explicadas e de todo alapadas em silêncios de compadrio e de compromisso políticos ou desaguando em processos de enredada manufactura e sabidas conveniências.
Na verdade basta evocar aqui casos como os Fax de Macau, Portucale, Submarinos, Freeport, Face Oculta, Cova da Beira, Operação Furacão, Tagus Park, Fundação para as Comunicações Móveis, a da Prevenção criada por Vara no governo de Guterres, os negócios da PT/TVI, dos Magalhães, das Docas, dos TGVs, das auto estradas, da alienação de alguns estabelecimentos prisionais, etc., etc.. para se concluir que com Abril as obscenidades e imoralidades são mil, e vieram para ficar num corropio de interesses, jeitos, corrupção, compadrios e “luvas”.
Obscenidades que na realidade vêm caracterizando um país por demais enredado em jogos de corrupção e pouca vergonha, sendo certo que não deixa de ser de todo insólito, e mesmo obsceno, manter-se no poder um primeiro ministro com vários e suspeitosos “rabos de palha”, não de todo explicados, e que até já começou a perder as estribeiras, o decoro e a dignidade.
Na verdade dizer no Parlamento ao Louçã que “Manso era a tua tia, pá!”, para além de reflectir manifesto destempero, não deixa de configurar-se como mais um caso insólito de obscenidade política e sinal incontornável do desrespeito e inutilidade em que se vem revelando o regime parlamentar. E se ainda lá estivesse o Pinho, de certeza que saíria mais um par de corninhos.
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