Segurança na União Europeia: desafio e prioridades
Escreve quem sabe
2025-01-25 às 06h00
A Internet mudou o mundo. Com o advento da “world wide web”, de uma rede mundial de computadores conectada entre si, criada em 1989 (já lá vão 35 anos), o acesso à informação (e à desinformação) aumentou de forma exponencial. Alguém se lembra da primeira vez que acedeu à Internet? Ou que enviou um email? Ou de quando acedeu ao Google? A primeira rede social que integrou? A primeira vez que o seu computador foi contaminado por um vírus, ou de alguém o/a ter tentado burlar pela Internet?
Sendo de facto a Internet extremamente vantajosa para todos nós, para as empresas e para as instituições, em termos de acesso a informação, disponibilizando ainda um enorme mercado de bens e serviços à escala planetária, com um valor em Portugal para este ano a rondar os oito mil milhões de euros (7.130 em 2023), os perigos que comporta são também imensos e não param de crescer.
Todos os anos os consumidores perdem grandes quantias de dinheiro em fraudes concebidas por criminosos, as quais são cada vez mais rebuscadas, credíveis e com recurso a esquemas tecnológicos cada vez mais bem urdidos, o que dificulta a sua deteção e combate.
Isto acontece porque as fraudes têm uma aparência genuína e, por outro lado, procuram obter da nossa parte uma resposta automática ou por impulso.
Todos já ouviram falar em esquemas piramidais na Internet (também conhecidos com esquemas de Ponzi). O maior burlão aqui deve ter sido Bernie Madoff que deixou um buraco de mais de 54 mil milhões de euros. Outras fraudes baseiam-se em ofertas não solicitadas, “prémios”, falsificação de faturas por pagar, serviços milagrosos e sistemas de apostas.
É aqui que se incluem as famosas “cartas da Nigéria”, onde as pessoas recebem uma comunicação em que alguém quer-nos transferir uma enorme quantia de dinheiro proveniente do estrangeiro. As fraudes com veículos, em que se publicitam na Internet carros extremamente atrativos em termos de marca, modelo e preço, mas que o comprador tem que rapidamente, para não perder a oportunidade, transferir uma determinada quan- tia de dinheiro, também já fizeram história.
Mais recentemente, têm sido publicitadas outras fraudes que envolvem operações financeiras. Todos já ouviram falar (mas ninguém sabe exatamente o que é) em criptomoeadas e investimentos financeiros em bolsa. ETF, mercados FOREX, obrigações e ações. Os burlões prometem formação e apoio aos incautos investidores, levando-os a acreditar que com um investimento relativamente pequeno, podem ter um grande retorno. Ainda muito recentemente um conhecido Youtuber português foi acusado de uma burla de vários milhões de euros, após convencer nesta rede social milhares de pessoas a investir nos mercados Forex segundo as suas indicações. As vítimas que acreditaram e seguiram os seus conselhos ficaram sem cerca de 4 milhões de euros. É aqui também que entra o”pig butchering” no Tik Tok, um esquema piramidal adaptado às redes. Neste esquema, o burlão cria uma relação de confiança com a vítima, convence-a a fazer um investimento elevado em apostas, criptomoedas ou outros que supõem elevadas rentabilidades. Por vezes até realizam antes pequenos pagamentos, para aumentar a confiança e ir “alimentando o porquinho”, antes de lhe dar o golpe final.
Também na moda está o “quishing”, as burlas baseadas nos cada vez mais populares QR Codes. Ao ler um QR Code com o smartphone ou tablet, o utilizador é reencaminhado para páginas da Net que podem não ser fidedignas. Assim, terceiros poderão ter acesso a dados sensíveis do utilizador ou este pode ser levado a efetuar compras indesejadas. É, pois, importante garantir que um determinado QR Code é legítimo.
Também existem fraudes na Internet relacionadas com supostos tratamentos “milagrosos” e são também frequentes as ofertas de emprego ou autoemprego, prometendo rendimentos elevados e cujo único objetivo é obrigar os interessados a pagarem pela inscrição, formação inicial ou outras despesas como viagens e alojamento. A seguir tudo se esfuma.
A Internet vai continuar a constituir uma área apetecível para a proliferação da (Ciber) criminalidade. Todos conhecemos o caso “olá pai, olá mãe”, cujo principal mentor do esquema foi, entretanto, capturado pelas autoridades, mas a imaginação humana não tem limites e já há neste momento alguém a engendrar novos esquemas informáticos. Não se esqueça que o seu smartphone (PC e tablet) é uma poderosa arma. Não a vire contra si.
Caso pretenda saber mais sobre este assunto, contacte o CIAB: em Braga: na R. D. Afonso Henriques, n.º 1 (Ed. da Junta de Freguesia da Sé) 4700-030 BRAGA * telefone: 253 617 604 * fax: 253 617 605 * correio eletrónico: geral@ciab.pt ou em Viana do Castelo: Interface Transportes de Viana do Castelo, Av. General Humberto Delgado* telefone 258 809 335 * fax 258 809 389 * correio eletrónico: ciab.viana@cm-viana-castelo.pt , ou ainda diretamente numa das Câmaras Municipais da sua área de abrangência ou em www.ciab.pt.
11 Fevereiro 2025
09 Fevereiro 2025
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário