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Os meus que são como os vossos

Os bobos

Ideias Políticas

2015-06-16 às 06h00

Hugo Soares Hugo Soares

Os últimos dias têm sido pródigos em atualidade política. Vão-se sucedendo as declarações e os comentários. Surgem em catadupa as promessas e as juras de amor. Vai ser assim até às eleições legislativas. Neste particular, dos atores políticos mais produtivos tem sido António Costa. Num frenesim eleitoralista, o líder socialista tem sido um maná para a comunicação social. A necessidade nunca concretizada de subir nas sondagens, tem levado o Dr. Costa às mais díspares e contraditórias posições. Costa vestiu a camisola do candidato custe o que custar. E, como está disposto a tudo, vai pagar caro.

Os últimos cinco anos, se mais não nos ensinaram, deixaram muito claro que as decisões de ontem se refletem indelevelmente no futuro. Os Portugueses sabem o que custou ultrapassar o programa de ajustamento duríssimo que fomos obrigados a cumprir. E também sabem que não querem voltar a passar pelo mesmo. Trago os últimos anos à colação porque não me vou cansar de lembrar a todos o que motivou e quem chamou a Troika e quem tirou o País da bancarrota e o colocou a crescer.

Neste particular, apenas um parênteses para dizer que, como há décadas não acontecia, o crescimento que a nossa economia hoje apresenta está a fazer-nos convergir com os nossos parceiros europeus; ou seja, estamos a crescer 50% mais do que os países da zona euro. Mas vinha eu a discorrer sobre a memória que não cansarei de avivar. Dirão alguns leitores que o faço por motivos partidários. Que o faço porque sou do PSD.

Ora, a esses responderei sempre que ainda que fosse esse o principal motivo já os deveria deixar a refletir. Se tenho interesse partidário em o fazer é sinal que tenho razão. Mas o verdadeiro motivo é outro e entronca precisamente naquilo que enunciei no primeiro parágrafo deste texto sobre o Dr. António Costa. É que eu, e sinceramente julgo que a maioria dos Portugueses, não quero voltar ao passado. Não quero a política da reposição.

A política da facilidade. A política da despesa pública. A política do baixar impostos sem regra, do reduzir as contribuições para a segurança social colocando em causa pensões futuras. A política do estado interventivo e controlador. Do investimento público desregrado. Das instituições maniatadas. E não quero pelos meus. Sim, pelos meus. Pelo meu filho que não quero que passe pelo que muitos da minha geração passaram. Pela minha mulher que é funcionária pública e que viu o salário ser cortado. Pelos meus pais que são pensionistas e que viram as pensões cortadas.

Pelos meus primos que não arranjaram trabalho. E os meus, estes meus, são como muito milhares. Somos iguais. E é por todos que não queremos nem devemos voltar para trás. E é por tudo isto que não me cansarei de dizer que foi o PS que levou o País à bancarrota. Que foi o PS que deixou a Troika no País. Que foi o PS que deixou o défice em cerca de 11%. Que foi o PS que impediu que Portugal se conseguisse financiar. Que foi o PS que colocou a economia em recessão. Que foi o PS que criou as condições para um desemprego galopante. Que foi o PS que deixou a credibilidade externa de Portugal de rastos. Não, não me vou cansar de dizer. Se não fosse só porque é verdade, é também porque o PS se quer apresentar igual ao passado. E isso eu não quero. Pelos meus, que são como os vossos!

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