Reflexões para uma democracia saudável
Voz às Escolas
2021-02-01 às 06h00
Foi como uma bomba que caiu no planeta, trazendo às nossas vidas consequências ainda mais desastrosas que a própria infeção. O momento pandémico carrega-nos de dor. Mais do que nunca, é imperativo respeitar as regras de confinamento para aliviar a pressão dos hospitais, diminuir o ritmo de contaminação e a perda de vidas.
O mundo está a transformar-se e não voltaremos ao “normal”. O “normal” é já uma nova realidade, muito diferente daquela de outrora. Este vírus não é apenas um facto, é um gigantesco turbilhão a desconfigurar o sistema político, social, económico, cultural, mas principalmente educacional.
Os desafios são imensos. Exigem o repensar dos modelos de funcionamento da sociedade, incluindo as escolas que agora se encontram fechadas e, em breve, reiniciarão as atividades em ensino a distância. Não há respostas certas quando os tempos são de guerra e os dilemas são a definição problemática que melhor se encaixa perante as inúmeras incertezas: durante quanto tempo as escolas terão as portas físicas fechadas aos alunos? Como garantir a qualidade e o cumprimento do currículo? Professores, alunos e familiares vivem no espaço de interação da escola e da aprendizagem, que saiu das restrições físicas da sala de aula e ganhou o espaço virtual.
O teletrabalho decorrido durante o primeiro confinamento trouxe grandes ensinamentos, todos estão mais preparados para recriarem as suas estratégias pedagógicas e adaptá-las às realidades contextuais.
Mas isto não invalida o reconhecimento dos constrangimentos, pois a escola online exige um tempo de adaptação e de formação que capacite os profissionais para práticas competentes, eficazes e eficientes a esse nível.
A parceria entre família e escola é fundamental para acompanhar o envolvimento, o comportamento dos alunos, suporte necessário para superar as dificul- dades do processo e garantir uma boa adaptação às novas condições.
Já todos aprendemos que o ensino a distância veio expor algumas das fragilidades do sistema educativo e exigir a implementação da política dos “r”s: repensar, reformular, reinventar, reavaliar. Reavaliar os programas, privilegiando a qualidade das aprendizagens; repensar as práticas pedagógicas, abandonando as aulas expositivas e explorando metodologias ativas, criativas, desafiadoras, que mobilizem a participação e ação dos alunos, promovendo o desenvolvimento da autonomia na construção do seu saber, com atividades e formas de trabalho diversificadas.
Reformular as práticas avaliativas, tornando efetivamente a avaliação mais reflexiva, mais contínua e mais ao serviço das aprendizagens.
Criatividade, objetividade e simplicidade são as palavras-chave para este novo processo do “aprender”, independentemente da idade dos estudantes.
Estes dois últimos anos escolares são densos em desafios, são atípicos, excecionais, surpreendentes. As mudanças são intensas, imprevistas. Todos os dias são uma nova procura e descoberta de soluções para resolver problemas impensáveis.
Estamos perante um momento extraordinário da história da educação, em que a “nova normalidade” nos obriga a reinventarmo-nos em praticamente toda a nossa forma de estar, conviver, estudar, trabalhar, viver.
19 Maio 2025
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