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Para o bem de todos…

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Para o bem de todos…

Ideias

2025-06-09 às 06h00

Filipe Fontes Filipe Fontes

O momento é de um novo ciclo político com rostos repetidos na sua maioria, com outros rostos repescados, outros ainda feitos novidade, outros em transição e passagem “de um sítio para o outro”.
O momento é de um novo retrato sociopolítico, diz-se, com um acentuado pendor neoliberal e “de direita” e enfraquecimento da ala progressista do país.
O momento é de uma renovada expectativa e de um requentado cansaço social, com uma comunidade há muito sedenta de estabilidade, assertividade e de quem vele, cuide e melhore a vida de todos!
O momento é, pois, de reflexão e esperança para todos. Acredita-se que seja momento de apelo, de demonstração de força e energia. E também de elevada expectativa e crença de que “desta é que será”, ou então, de que nada mudará e será “mais do mesmo”.

Seja como for, há que equilibrar sem deixar de ser ambicioso. Há que ser prudente sem tergiversar. Há que ser assertivo e ousado sem perder a noção de que “tudo leva o seu tempo, tudo tem a sua maturação…”.
No campo do ordenamento do território, do planeamento urbano, da construção e da arquitectura, muito há a fazer, alterar e corrigir. Tanto já foi identificado, tanto ainda está por enfrentar. Tanto há para corrigir e tanto existe para rentabilizar e optimizar.

A dicotomia litoral e interior e a desertificação do território, em associação com a competitividade e a coesão do “solo que todos habitam e partilham”, bem como a demografia e qualidade de vida; a habitação na sua exigência de construção, no seu esforço financeiro, no seu difícil acesso e usufruto; o exercício profissional tão desregulado quanto rigidamente regulamentado, tão reconhecido por uns e tão secundarizado por tantos outros; a legislação que prolifera e se complexifica no seu desdobramento e redacção sem ganho de clareza e objectividade; as macro infraestruturas por tratar, decidir e desenvolver, falemos do afamado futuro aeroporto nacional ou da sempre adiada renovação e incremento da ferrovia; a oferta de alojamento para públicos específicos que tarda e se agrava na sua (falta de) presença nas cidades universitárias e “especializadas”, em complemento com fundos comunitários que se esgotam nos seus prazos temporais de execução, mas não se esvaziam no seu recheio finan- ceiro e orçamental; planos que se prometem ágeis e ferramentas vitais e operacionais para uma ocupação e transformação de solo mais equilibrada e racional; e tanto mais, tão sintetizado num edifício legal com milhares de diplomas e regulamentos e que demora, demora, demora a ser desagregado, simplificado e sintetizado, na criação de uma plataforma de trabalho tão espartana quanto útil, tão eficaz quanto eficiente (caso para dizer, “não produzam mais legislação. Eliminem o excesso, agreguem as sobreposições, simplifiquem o complexificado, sintetizem as redundâncias, tornem assertivo e objectivo o essencial. Ou seja, humanizem e tornem verdadeiramente acessível o mesmo edifício legislativo…).

A tentação será de tudo abarcar e a tudo responder. Acredita-se que todos, na sua justa medida e possibilidade, assim quererão actuar. Acredita-se que todos estão imbuídos desse espírito. Mas há que ser realista. E pensar que “Roma não se fez num dia” e que o caminho se faz passo-a-passo. E será preferível dar passos pequenos, mas controlados, contínuos e na direcção certa, do que “passos maiores do que a perna” ou passos gigantescos, mas erráticos na direcção… na verdade, o momento gera esperança (será desta!) ou desconfiança (será desta?). Na verdade, como sempre, depende de nós. No âmbito da especificidade de cada um, depende de todos nós! Assim saibamos desempenhar a nossa função. E ajudar a quem nos governa a melhor cuidar e velar pela vida da comunidade. Para o bem de todos!

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