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Ideias Políticas
2025-06-17 às 06h00
Os recentes desenvolvimentos no Médio Oriente e no Leste Europeu demonstram, uma vez mais, a natureza destrutiva do imperialismo e a urgência da luta coletiva pela paz e pela autodeterminação dos povos. Num contexto em que a comunicação social dominante, alinhada com os interesses das potências ocidentais, continua a promover uma narrativa seletiva, são desumanizados os conflitos e omitidas as suas verdadeiras causas.
Em Gaza e na Cisjordânia, o povo palestiniano enfrenta uma das mais brutais campanhas de repressão da história recente. A ocupação ilegal israelita, sustentada pelo apoio político e militar dos EUA e da União Europeia, prossegue com massacres, deslocações forçadas e uma violação sistemática do direito internacional. No Líbano, a instabilidade política e económica é exacerbada por interferências externas que visam minar a resistência anti-imperialista na região. Os mais recentes ataques contra o Irão ocorrem também num contexto em que o governo israelita, enfrentando crescentes críticas internacionais face aos crimes de guerra praticados na Palestina, procura desviar as atenções internacionais e justificar a sua política belicista.
Na Ucrânia, a guerra prolonga-se há 11 anos com custos humanos devastadores, alimentada pela expansão da NATO e pela recusa do diálogo diplomático. A União Europeia e os EUA, em vez de promoverem uma solução negociada, optam pela intensificação do envio de armas e pelo aprofundamento da escalada militar, transfor- mando o território ucraniano num campo de batalha que não serve os ucranianos, os russos, tampouco os europeus. Serve em primeiro lugar os Estados Unidos da América e, particularmente, ao seu complexo militar-industrial. Serve para assegurar a produção e a venda de armamento em larga escala. Serve para a especulação dos preços dos combustíveis, bens alimentares e outros produtos, gerando lucros colossais, desigualdades e injustiças. A guerra serve sempre aos grandes capitalistas e não aos povos que vêem as suas vidas destruidas.
A cobertura mediática dominante, tratando estes conflitos como meros acontecimentos geopolíticos, esvazia-os do seu impacto humano real. As vítimas são reduzi- das a números, e as causas estruturais – o colonialismo, a espoliação e a pilhagem de recursos e a ingerência imperialista – são obscurecidas e ignoradas. Esta manipulação visa justificar as intervenções militares, as sanções económicas e a militarização da Europa, enquanto se criminalizam os movimentos que lutam pela paz e pela justiça. Em Portugal, o investimento na “defesa” está já pronto a ser dirigido de forma certeira ao incremento do ataque belicista e da guerra, continuando a narrativa que não há dinheiro para investir nos serviços públicos, mas para a guerra e a destruição o governo estará disposto a fazer todos os esforços à custa do dinheiro do nosso povo.
Neste contexto internacional, a eleição da JCP para a presidência da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), a mais ampla frente juvenil anti-imperialista, é um reconhecimento do compromisso da JCP com a luta anti-colonialista e anti-fascista, pela cooperação e pela solidariedade internacionalista. Num momento em que a guerra é normalizada, é importante assumirmos a responsabilidade de unir a juventude progressista na luta pela paz, reafirmando o direito dos povos à autodeter- minação, sem ingerências externas, condenando todas as formas de colonialismo e ocupação militar e exigindo uma ordem internacional baseada na cooperação e não na dominação.
A solidariedade internacionalista e a luta pela emancipação dos povos são o caminho para um futuro de justiça, livre de bloqueios, sanções ilegais e ameaças bélicas. Um futuro de paz e cooperação!
08 Julho 2025
08 Julho 2025
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