Da Avenida da Liberdade para a cidade
Voz à Saúde
2024-07-30 às 06h00
A 5 junho de 2024 o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças chamou à atenção para o aumento marcado de infeções pelo Parvovírus B19 em países europeus, desde março deste ano. Como grupo de risco, ainda que baixo a moderado, surgem as mulheres grávidas pela suscetibilidade que apresentam, pela gravidade do quadro clínico que possam apresentar além do impacto que a infeção pode ter no bebé, principalmente até às 20 semanas de gestação.
Estima-se que cerca de dois terços da população seja imune à doença provocada pelo Parvovírus B19 fruto do contacto prévio com o vírus, principalmente, na infância. No entanto, cerca de 30 a 40% das mulheres grávidas podem estar suscetíveis à infeção.
Aquando da infeção de uma grávida, a maioria dos casos evolui de forma favorável, no entanto, cerca de 1 a 5% dos casos podem levar a complicações fetais como:
• Aborto e morte fetal, principalmente se a infeção ocorrer no 1º trimestre;
• Hidrópsia fetal (acumulação de líquidos e inchaço) que pode ser fatal;
• Anemia fetal.
De salientar que, o Parvovírus B19 não infeta apenas as grávidas sendo, principalmente comum, em crianças. Quando estas estão infetadas desenvolvem um eritema infecioso também conhecido como “síndrome da criança esbofeteada” ou até “doença do palhaço”. Sintomas como febre, mal-estar, dores musculares, dores de cabeça e diarreia podem estar presentes. Nos adultos, pode ser assintomática ou levar a dores nas articulações periféricas (mãos, punhos, joelhos e tornozelos).
A transmissão é feita através de gotículas respiratórias, do contacto direto mão / boca, de produtos derivados de sangue contaminados, de transplantes de medula óssea ou por via transplacentária. O período de incubação, desde o contágio até à manifestação da doença, pode variar de 4 a 14 dias. O doente é considerado infecioso durante 5 dias, desde o momento em que o vírus já esteja em circulação no sangue.
A pesquisa do Parvovírus B19 não deve ser feita por rotina a todas as grávidas. No entanto, devem estar mais alertas aquelas que estejam inseridas num contexto de maior risco: trabalhadoras na área da saúde, da educação ou cuidados a crianças, inseridas no contexto de surtos locais, ponderando-se o estudo nessas utentes. Nas situações em que a grávida tenha estado exposta ao vírus deve ser referenciada a uma consulta de vigilância no seu Centro de Saúde ou a uma consulta de Obstetrícia.
Não existe um tratamento específico, passando apenas pelo controlo dos sintomas. De salientar, o perigo na toma de anti-inflamatórios pelas grávidas, se feito sem orientação médica.
À data de escrita deste artigo não existe uma recomendação específica de medidas à população geral pela Direção Geral da Saúde (DGS) mas a entidade realçou estar atenta e a acompanhar a evolução nacional e internacional da infeção, emitindo novas informações sempre que necessário.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!
02 Julho 2024
25 Junho 2024
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário