Correio do Minho

Braga, sábado

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Pesadelos e outras coisas mais

Fala-me de Amor

Ideias

2016-10-21 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

Não sendo achacado com pesadelos e dormindo descansadamente, e bem, toda a noite, a realidade é que nos dias de hoje não estamos a ter noites tranquilas e bem dormidas. Ora são as tomadas de posição, o paleio e os nédios e irónicos sorrisinhos do “Marajá”, ora as loucuras, manigâncias, utopias e criancices das caras larocas do Bloco, ora os soluços balofos de uma oposição repetitiva, perdida em jogos de palavras e dúvidas, ora as “tiradas” filosóficas de um qualquer taxista num “arroto” de inteligência, tenha ou não “Máximo” como apelido, o certo é que tais atitudes e frases nos perturbam e chocam, muito embora devam ter o alcance e a valia que em si encerram, face à sua génese e origem. Muito ... pouco ... ou mesmo nada!
Aliás vem isto a propósito da célebre frase/afirmação de que «as leis são como as meninas virgens, são para ser violadas», uma frase tornada célebre, bolçada numa célebre manifestação de taxistas, e soltada por quem se deve ter por célebre, inteligente, filósofo e “entendido” no assunto, ou não seja ele um “Máximo”. Jorge Máximo, diga-se, mas é muito pouco o que se sabe quanto às suas celebridade, inteligência, importância, «broncoidade» e “limitações” no seio de uma classe caracterizada por algumas falências em urbanidade, bom senso, relações humanas e até inteligência. Identificado pelo C.M. (11.10.16) como “famoso adepto do Benfica”, concorda-se com o que se escreve e afigura-se-nos também que não se deve generalizar dizendo “que todos os taxistas são grunhos”, até pelo perverso risco inerente a quaisquer generalizações, envolvam elas machos, fêmeas, virgens ou não, meninas ou meninos. Um frase “arremessada”à luz da liberdade de expressão e manifestação dos mais recônditos sentimentos e esconsos pensares, mas que se tornou viral e polémica e deu origem a uma queixa crime para o MP da Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género (mais uma das “frioleiras” de Abril), de certo por não abarcar e excluir as violações “dos meninos virgens” e consagrar uma diferenciação inadmissível e ofensiva em termos de igualdade, segregando e ofendendo tais “meninos virgens”, que não querem ser excluídos. O que se compreende, diga-se, pois a diferenciação do género naturalmente tem reflexos negativos e pode provocar “ciumeiras” em certos meios, políticos e outros, e até um eventual confronto com a própria Opus Gay (C.M.12. 10. 16) . Mas importa saber “ler” e “compreender “ a “exortação/ /convite” do Máximo à violação das leis, compaginando-a com as muito usuais apetências e propensões comuns para violação de meninos e meninas virgens.
Mas polémica ou não, tal frase encerra em si toda uma perturbante “profundidade” e tem uma incontornável “ressonância”, “actualidade” e valia ao equacionar-se a realidade dos nossos dias sob o actual império socialista, quando o povo, virgem ou não, menino ou menina, está a todo o momento a ser vítima de ultrajes, violações e mesmo sodomias. E se é incontestável que as propriamente ditas violações previstas no CP estão num crescendo, a verdade é que vêm aumentando em intensidade e gravidade as ofensas aos direitos, valores e interesses do povo, alapando-se violações de promessas e juras políticas a coberto de decisões e “perrices” do governo, enquanto a Justiça, criticada e desacreditada, se vê amordaçada por ideias e leis demagogas, princípios irrrealistas, interesses politiqueiros, falta de apoio logístico, tudo gerado por “politiqueiros” partidários, pensadores tidos por “inteligentes” e mais outros juristas “interessados” numa legislação a preceito. Entretanto o povo, desconfiado e perturbado, vem assistindo a um “namoro pegado” do Governo com a fiscalidade do sistema, aquela “virgem” adorada, sempre procurada e desejada quando mingua o dinheiro, uma “vestal” que de pura nada tem dadas as muitas vezes em que é “despida”, “abusada” e “atacada” na sua orgânica e estabilidade estrutural, mudando-se critérios, regras e princípios e gerando-se inseguranças e desconfianças. Um “namoro” que vem sendo feito com o aval de umas meninas de cara laroca, alguns eunucos e certos energúmenos travestidos de pegadores de toiros e trauliteiros do Bairro Alto, tomando-se medidas, “despejando-se” regras e criando-se impostos. Entretanto, pasme-se, em manifesta contradição o governo continua a “alimentar”, a “incentivar” e até a “convidar” à violação de tais leis e medidas de certo modo compaginando-as e configurando-as como as “meninas virgens” de que fala o “filósofo” Máximo, já que depois cria e fomenta perdões fiscais, alçapões legais e outras medidas que “legitimem” a “violação”, assim se ultrapassando e alapando incapacidades e inércias, arrecadando-se milhões e ... dando-se encapotada cobertura às malfeitorias de compadres e certos tubarões a quem o poder político não pode nem quer confrontar, numa manifesta e inconfessável conivência com o sistema. Hoje, como Ontem e certamente Amanhã !
São muitos e sabidos os casos ainda enrolados no tempo relativos a desvios e giros de milhões para países e offshores envolvendo figurões políticos ou afins, que continuam a sorrir, a singrar na vida e até se fazem vítimas, enquanto a Justiça se vê “amordaçada ” e de braços atados por leis que só servem os interesses de tais figurões, muitos deles conhecidos e com respaldo na política e nos governos, como os Salgados, Valas, Sócrates, Santos Silvas, etc. etc.. Pelo que, face à realidade actual e à instabilidade fiscal gerada e instalada, a razão está toda do lado do filósofo Máximo, e as leis da fiscalidade são mesmo para ser violadas, sejam ou não “meninos ou meninas virgens”, até porque o poder o incentiva. O povo, já muito castigado e esbulhado, face às medidas anunciadas e ao orçamento “engendrado”, continuará a ser vítima de uma perversa sodomia pelo poder político, aliás perito em violar promessas, interesses, valores e direitos. Consequentemente, esquecendo-se diferenciações do género e possíveis incómodos da dita Comissão, da Opus Gay e outros, sejamos realistas e sigamos o convite do Máximo. Violar leis fiscais, sejam machos, fêmeas, virgens ou nem tanto, é de todo aconselhável, rentável e até incentivado pois as violações, caloteirices e não pagamentos acabam sempre por ficar mais ou menos impunes devido a prescrições, perdões e outros “malabarismos” de governos carentes de dinheiro. Se o leitor for esperto ... e não o afectar ser tido por caloteiro, não pague e sirva-se de offshores, contas-mistério, das transferências, etc., pois ninguém lhe vai à perna e acaba por se safar na Justiça, como vem acontecendo.
E quedamo-nos por aqui para não perturbar o Senhor dos Afectos, a viver um intelectual e filosófico “porreirismo” na paz podre da vida política, e também para não enfrentar as caras de pau do Pedro Santos ou do Galamba, as graçolas e desvarios das meninas do Bloco, que não são de fiar, actrizes ou nem tanto. Mas há dias, refira-se, não percebemos nada do que disse ou não quis dizer Marcelo na sua passagem por um seminário sobre a Justiça, noticiada e documentada no C.M. (8. 9. 16) com um foto com a legenda “Marcelo preocupado com «o Pântano»”, e todo um destaque a palavras como «é o Estado de direito que defende o prestígio da justiça». Aliás, continuando, escrevia-se então que “o presidente da República diz que há um «bloco central de interesses na Justiça» e que isso é um «risco», pelo que os parceiros sociais têm «uma palavra a dizer» para que tudo não fique «pantanoso»”. Admitindo-se que não se estivesse a referir à Relação de Lisboa nem aos Caramelos, Rangéis, Anteros Luís e outros conhecidos, sem esquecer os Monteiros, Nascimentos e Cândidas, etc., era de todo conveniente que Marcelo “pulasse” como uma rã para fora desse pântano ou bloco central de interesses e começasse a “coaxar”, explicando-se melhor e pondo nome aos bois, não se quedando na atitude e esperteza saloia de um baixote do futebol que, sabendo de coisas, temendo revelá-las ou só querendo lançar dúvidas, numa entrevista aos media se ficou com um «Vocês sabem do que falo». Como não nos consideramos tão esperto e inteligente como os políticos e o Prof. Marcelo, era bom que se explicasse para que, descrendo da Justiça, não passemos a ser mais um seguidor do filósofo Máximo a defender que as “leis são como as meninas virgens, são para ser violadas”. O que se tornaria em mais um brutal pesadelo para quem já se sente confrontado e perturbado com as relações espúrias do PS com as meninas do Bloco e a sisudez granítica e ancestral do Jerónimo. Mas se tudo isto «é uma seca», como costuma dizer o meu neto de 4 anos, grave mesmo, e pesadelo, é voltar ao passado e à Troika.

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