Uma eleição, dois caminhos para Portugal
Voz às Escolas
2022-01-31 às 06h00
Vivemos fases de extrema insegurança, de alteração constante de prioridades, de reorganização contínua de recursos. Impossível programar a uma distância maior do que umas horas, difícil prever o fim desta descontinuidade.
O tempo dos projetos com objetivos que se sabiam possíveis de atingir está em pausa. Aguardam-se dias de retoma, dias que tornem possível uma reviravolta que facilite a vida das escolas, que reanime as dinâmicas, que recupere as aprendizagens dos alunos e, sobretudo, que possibilite a criação de condições para que as crianças e os jovens das nossas escolas sejam felizes.
Muita programação, muitas experiências inovadoras, muitas planificações que transformariam a escola num lugar de desenvolvimento completo e contínuo, estavam em processo, estavam em progresso. Autonomia e flexibilidade curricular, planos de inovação, programas de integração, inclusão, …., a promoção de competências para uma maior capacidade de inovação, de competitividade construtiva.
As escolas dedicaram tempo e esforço empenhado, atreveram-se a apresentar propostas de grandes mudanças, partilharam as suas ideias, aprenderam e continuam a aprender umas com as outras, adaptando as soluções, apropriando-se do que mantém a identidade de cada organização. Sempre com o ideal de fazer uma melhor escola, sempre com o sonho de transformar a escola num lugar onde é possível crescer harmoniosamente.
Este tempo singular tornou mais lentas as práticas de implementação e desenvolvimento desses projetos. Prejudicou os processos de monitorização, de avaliação. Em breve será possível retomar estas fases que capacitarão as escolas, justificando os processos em curso. Em breve será possível dar continuidade a tudo o que se iniciou com dinamismo, com entrega, com esperança de boas consequências, promovendo o perfil dos alunos do século XXI.
Mas só há uma forma de o conseguir! Só há uma forma de continuar envolvido, de continuar envolvendo os atores de todos estes cenários. É permitindo a continuidade do trabalho e o tempo necessário para que seja possível a avaliação dos resultados. Do impacto a que assistimos nos alunos, nos seus comportamentos, nas suas aprendizagens, nas suas intervenções, nas suas iniciativas, nas suas competências pessoais e sociais.
Damos soluções legislativas a tudo. Por favor, não façam mais leis antes de avaliar os resultados das que estão em vigor, antes de sabermos se os seus efeitos são válidos, se a sua ação tem efeitos positivos na comunidade escolar.
Todos queremos estabilidade, todos queremos ver os resultados daquilo em que nos envolvemos, do esforço de uma comunidade. Todos queremos festejar os resultados ou então dar a volta e reprogramar. Todos queremos tempo, serenidade, a certeza de que no fim de cada caminho há sempre a possibilidade de tomar opções, de alterar sentidos, com base no trilho percorrido.
As escolas precisam de tempo para se reprogramarem, para avivarem os seus processos, em pausa há tempo.
Esperamos nova vida, queremos vivê-la com a certeza de que nos deixarão ver os frutos!
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