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Ideias
2018-12-14 às 06h00
Faz hoje 100 anos que Sidónio Pais foi assassinado. Tinha 46 anos. Foi o quarto Presidente da República. Foi odiado por muitos antes da sua morte, mas amado por milhares depois do seu assassinato. Aliás, segundo a sua biografia, “a imagem de mártir levou ao surgimento de um culto popular, semelhante ao que existe em torno da figura de Sousa Martins, que fez de Sidónio Pais um santo, com honras de promessas e ex-votos, que ainda hoje se mantém, sendo comum a deposição de flores e outros elementos votivos junto ao seu túmulo.” Sidónio Pais foi morto a tiro, na Estação do Rossio, em Lisboa, a 14 de Dezembro de 1918. Foi o quarto Presidente da República, mas, quando foi eleito (por sufrágio directo e universal, decretado por ele), passou rapidamente a um regime ditatorial, suspendendo praticamente a Constituição de 1911. Teve grande ligação - e de má memória -, com a I Guerra Mundial (onde começou a sua desgraça política), concretamente com a Batalha de La Lys. Foi contra o envio de tropas para a guerra, mas mais tarde como Presidente, nada fez, mesmo depois do armistício, que marcou o final da guerra, uma vez que não foi capaz de trazer de imediato as nossas tropas de volta ao país...
O certo é que fica para sempre ligado à história de Portugal e ao Minho. Sim, ao Minho, já que Sidónio Pais nasceu a 1 de Maio de 1872, em Caminha. Chegou a estudar, como aluno externo, no Liceu Nacional de Viana do Castelo (actual Escola Secundária de Santa Maria Maior). Faz parte da nossa história e, para além de Presidente, foi militar, professor, ministro, presidente de câmara. Amado e controverso ‘inaugurou’o Panteão Nacional. A sua história vale uma leitura!
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