A Doença de Parkinson é uma doença crónica que afeta o sistema motor, limitando os movimentos do corpo, levando a tremores, rigidez, lentificação, instabilidade da postura do corpo e alterações na capacidade da marcha. Surge quando as células de uma parte do cérebro morrem e quando os primeiros sintomas aparecem já cerca de 70 a 80% destas células foram perdidas, afetando o tónus muscular e os movimentos do corpo. Estima-se que cerca de 20 mil portugueses sofram da doença, sendo que, em todo o mundo serão cerca de 7 a 10 milhões de pessoas. A prevalência aumenta com a idade, tornando-a rara antes dos 50 anos. É mais comum em homens quando comparado com mulheres.
Tipicamente, um doente com Parkinson apresenta rigidez muscular, tremor e dificuldade em iniciar os movimentos, além da alteração da postura com inclinação da cabeça e tronco para a frente e do caminhar passando a andar com passos pe- quenos e arrastados. Nos estádios mais avançados da doença é expectável que o doente precise da intervenção de vários profissionais de saúde. Saiba quem poderá ajudar no controlo da doença:
1. Médico de Família: É frequente ser o primeiro contacto médico. Consulte o seu Médico de Família em caso de suspeita da doença, na necessidade de iniciar tratamentos que ajudem a gerir os sintomas e previnam o avançar da doença. Se necessário, será também referenciado para outras especialidades médicas;
2. Outras Especialidades Médicas: Neurologista, sendo o principal gestor da doença, Psiquiatra (em casos de alterações do comportamento, ansiedade ou depressão), Urologista (em casos de incontinência ou disfunção sexual);
3. Enfermeiro: que ajudará com a medicação e com a gestão dos sintomas ou progressão da doença;
4. Fisioterapeuta: atuará na prevenção de quedas, melhoria da força muscular, orientação sensorial, melhoria da funcionalidade, da marcha, nas atividades de vida diárias e no controlo da dor.
5. Terapeuta da Fala: que intervirá ao nível da comunicação (verbal e não verbal) além da deglutição, auxiliando no processo de alimentação;
6. Terapeuta Ocupacional: permitirá uma adaptação nas atividades de vida diárias (como higiene ou capacidade de vestir) de forma a permitir uma maior participação e autonomia;
7. Nutricionista: controlará o peso, adequando a dieta às necessidades de cada doente com Parkinson. Ajudará também no alívio de sintomas como obstipação, na gestão de alimentos que possam interagir negativamente com a medicação e na facilitação do processo de mastigação e deglutição;
8. Farmacêutico: poderá auxiliar na orientação da medicação;
9. Psicólogo: com foco na saúde mental, atuará na compreensão de comportamentos, pensamentos e emoções, tendo um papel fundamental na gestão da ansiedade e depressão, muitos comuns na Doença de Parkinson;
10. Assistente Social: para que possa ter acesso a recursos de tratamento e suporte. Ajudará também na gestão burocrática de seguros, apoios financeiros em consequência da determinação da incapacidade, assistência ao domicílio, acesso a equipamentos médicos ou produtos de apoio;
11. O Cuidador: aquele que melhor conhece o doente! Tentará garantir o bem-estar e a qualidade de vida do doente, oferecer suporte físico e emocional, além de estimular e incentivar a realização dos exercícios de reabilitação. Será também responsável por prevenir quedas e lesões, acompanhar o doente em passeios de descontração ou a consultas médicas, assegurando que as necessidades do doente serão atendidas de forma adequada.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!