Sou Presidente da Associação de Andebol de Braga desde 2012, por inerência do cargo acumulo funções de Delegado à Assembleia Geral da Federação de Andebol de Portugal, desde essa data.
É sobre uma passagem dessa mesma Assembleia Geral, a última, que vos vou narrar a minha posição sobre “a deliberação dos novos membros de Mérito e Honorários da FAP”.
Após ter felicitado os candidatos a novos membros, propostos pela Direção da Federação, iniciei a minha intervenção:
- Gostaria de deixar aqui, junto da Assembleia Geral, órgão máximo do Andebol e com responsabilidades acrescidas neste e noutros assuntos de interesse para a modalidade, o facto da não inclusão nestas listas propostas de elementos de zonas onde o Andebol tem papel preponderante e muito tem contribuído para a evolução nacional do mesmo.
Senão vejamos, falar por exemplo da zona que represento, muitas vezes ter uma cidade apelidada de “ Braga Capital do Andebol”, julgo que não é, ou foi, por acaso.
Que temos polos excelentes de Andebol, como Braga e Guimarães, entre outros.
Com organizações passadas de jogos que ficam na história do Andebol português.

É sempre de lembrar o Portugal – Alemanha no mítico Pavilhão Flávio Sá Leite, com vitória de Portugal e apuramento para o mundial do Japão, assim como a final da taça dos campeões Europeus no mesmo Pavilhão, entre outros jogos que todos nós lembramos como históricos para o Andebol Português.
A organização dos campeonatos do Mundo em Guimarães e a vitória histórica sobre a França no Multiusos de Guimarães que deu inicio a uma nova era no Andebol Português. Para não falar nos escalões jovens formados ao longo das últimas décadas, são marcos inesquecíveis para o Andebol.
Uma pergunta só? Será que toda esta gente que tem contribuído para este “Melhor Andebol” não tem estado esquecido e continua a estar esquecido por todos nós?

Mas não posso reportar só à minha zona de jurisdição, pois em artigo recente no Portal da FAP foi dado a conhecer por zonas geográficas a percentagem da origem dos jovens jogadores que constituem o panorama qualitativo nacional português.
Sem qualquer margem, a Associação de Andebol do Porto tem a fatia que representa próximo dos 50% do total nacional, isto para dizer que, se o Andebol cria uma quantidade qualitativa de jovens nesta região é porque o trabalho na mesma é excelente, julgamos que não é fruto de gerações espontâneas, mas sim de clubes, dirigentes, técnicos, etc, por isso, mais uma vez digo, devem ser distinguidos como os demais.
Com tudo isto, só quero que as pessoas que realmente gostam e gerem o ANDEBOL, reflitam mais um pouco em pormenores que às vezes julgamos não pelo seu conteúdo, mas sim por quem os produzem.
Aos novos Sócios de Mérito e Honorários, esperamos que continuem a ajudar o Andebol a atingir PATAMARES ainda mais elevados, aguardando que num futuro próximo haja cuidado na elaboração de propostas de novos elementos a estas distinções.