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Rastreio Cancro Colo do útero: o que muda em 2025

Um péssimo serviço à cidade de Braga e ao país

Rastreio Cancro Colo do útero: o que muda em 2025

Voz à Saúde

2025-02-18 às 06h00

Joana Afonso Joana Afonso

Um dos rastreios oncológicos disponíveis pelo Serviço Nacional de Saúde, para a mulher, é o do Cancro do Colo do Útero que corresponde à terceira neoplasia maligna mais comum em mulheres de todo o mundo. Trata-se de um cancro que pode ser evitado, uma vez que, as alterações do colo do útero podem ser detetadas precocemente, permitindo a prevenção do cancro antes que ele se instale efetivamente. Salvo raras exceções, resulta da infeção genital pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV), na maioria dos casos, por transmissão sexual. O programa de rastreio destinava-se às mulheres com idades compreendidas entre os 25 e os 60 anos, se tiverem iniciado a atividade sexual, que estejam inscritas num Centro de Saúde até ao final de 2024. No entanto, com a entrada do ano 2025 estas idades foram alteradas e agora o rastreio passou a começar mais tarde: aos 30 anos, estendendo-se até aos 69 anos. Esta alteração prende-se com o facto de vários estudos terem mostrado que muitos casos surgem em idades mais avançadas, por exemplo, em Portugal no ano de 2018, cerca de 19% dos casos de cancro do colo do útero foram registados em mulheres com idades compreendidas entre os 60-70 anos.
Realiza-se com uma periodicidade de 5 em 5 anos, sendo totalmente gratuito. Estão excluídas do exame aquelas que tenham realizado uma cirurgia em que o útero foi retirado (histerectomia) ou que tenham tido um diagnóstico prévio de cancro do colo do útero. Também não têm indicação aquelas que tenham realizado o rastreio há menos de 5 anos ou que tenham sinais ou sintomas de doença ginecológica.
Outra novidade prende-se com o facto de estar indicado a “utentes com útero”, sendo assim incluídas as pessoas transgénero, desde que tenham útero.
O rastreio consiste na realização de um exame ginecológico vulgarmente conhecido como papanicolau com colheita de amostra para pesquisa do HPV e, se necessário, uma análise na procura de lesões que possam já estar estabelecidas. Um resultado positivo no teste de rastreio não significa que tem um cancro do colo do útero, mas permitirá adaptar os procedimentos de vigilância de forma a antecipar o aparecimento de complicações que ponham em causa um bom prognóstico da doença. O rastreio poderá implicar algum desconforto ou dor, mas que são toleráveis e desaparecem após a sua realização.
Em previsão de implementação está também o rastreio baseado na auto-colheita. Este procedimento é feito pela própria utente, em local e horário da sua preferência, sendo fácil e rápido de realizar. Este método já foi adotado em países como a Holanda e Austrália nos seus programas nacionais de rastreio do cancro do colo do útero, com resultados satisfatórios.
No caso de apresentar algum sinal ou sintoma ginecológico, como sangramento após as relações sexuais ou entre os períodos menstruais, deve consultar o seu Médico Assistente, mesmo que não tenham passado os 5 anos após um resultado de rastreio negativo.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!

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