Mais ação e dedicação pela saúde dos portugueses
Voz à Saúde
2023-09-12 às 06h00
Em Portugal, as doenças oncológicas representam a segunda maior causa de morte, com uma expressão que tende a aumentar. Apesar desse aumento, o avanço na capacidade de tratamento e o diagnóstico cada vez mais precoce fazem com que o número de pessoas que sobrevivem a um cancro seja ainda maior. Nesse sentido, é crucial que as alterações malignas sejam detetadas num estádio inicial, pelo que os programas de rastreio são fundamentais.
O Cancro Colorretal é uma doença que se traduz no crescimento descontrolado das células do cólon (parte do intestino grosso) ou do reto (última secção do intestino grosso que liga o cólon ao ânus). Começa, frequentemente, num pólipo que corresponde a um crescimento anómalo de tecido na parede do intestino, daí a importância da sua identificação e remoção. Trata-se do segundo cancro mais fatal em Portugal, números só superados pelo cancro do pulmão. Estima-se que, a cada ano, sejam diagnosticados cerca de 7.000 novos casos deste cancro na nossa população.
De salientar que, os sintomas da doença não são específicos levando a que possam ser desvalorizados. Diarreia ou obstipação, sensação de esvaziamento incompleto do intestino após defecar, sangue nas fezes, dor ou desconforto abdominal tipo cólica, sensação de distensão abdominal ou gases, náuseas ou vómitos, perda súbita de peso sem razão aparente ou cansaço extremo são alguns dos muitos sintomas que podem estar presentes. No entanto, há casos em que a instalação da doença pode mesmo ser assintomática.
A idade surge como um dos principais fatores de risco, sendo que a incidência aumenta a partir dos 50 anos. A presença de doenças inflamatórias intestinais como a Colite Ulcerosa ou a Doença de Crohn aumenta também o risco de desenvolver cancro colorretal. Os antecedentes familiares são de destacar, uma vez que, se um familiar de primeiro ou segundo grau tiver tido este tipo de cancro, o risco de a pessoa vir a ter a doença também será maior. Relembrar que uma dieta alimentar que seja pobre em frutas, vegetais, cálcio, fibras e rica em gorduras pode contribuir para o desenvolvimento da doença. O consumo de tabaco aumenta a probabilidade de aparecimento de pólipos no intestino e, consequentemente, de evolução da doença. Também o excesso de peso ou a obesidade contribuem para o aparecimento da mesma.
O Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e do Reto está em vigor em toda a zona norte de Portugal. Destina-se aos utentes com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos, de ambos os géneros, desde que estejam inscritos numa unidade de cuidados de saúde primários. Os utentes nessas condições recebem, em casa, uma carta convite para que possam participar no rastreio.
Trata-se de um exame gratuito, voluntário e indolor. Consiste na pesquisa de sangue oculto nas fezes que, se estiver negativo, será repetido a cada 2 anos. O teste é feito pelo próprio utente no seu domicílio, consistindo na colheita de amostras de fezes recolhidos através de um kit (um tubo pequeno com um pequeno escovilhão) que é entregue no respetivo centro de saúde ou enviado por correio para a morada de residência. Caso uma das amostras apresente um resultado positivo, ou seja, caso seja detetada a presença de sangue (mesmo que não visível) está indicada a realização de um exame mais pormenorizado, através de uma colonoscopia. Neste último exame é possível identificar e remover os pólipos reduzindo, significativamente, o risco de transformação maligna das lesões. A colonoscopia é realizada com sedação ou anestesia, exceto se existirem contraindicações clínicas ou se o utente não o desejar.
Se for convidado para fazer o rastreio não hesite! Participe!
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!
05 Dezembro 2023
21 Novembro 2023
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