Os perigos do consumo impulsivo na compra de um automóvel
Ideias
2013-03-13 às 06h00
Voltar às bases. Ver ou rever as nossas raízes e de onde surgimos. Verificar o chão que nos sustém - este foi um dos temas em que refleti este último fim de semana, em conjunto com outros colegas, neste momento companheiros de uma jornada. E realmente, desta vez, conseguimos alcançar uma conclusão e por mais estranho que pareça (e que eventualmente não deveria parecer), estivemos todos de acordo.
O desfecho do debate e da reflexão conjunta foi simples: é necessária e urgente a apreciação do nosso ponto de partida, o início do percurso, para, primeiro, confirmarmos que ainda nos mantemos no sítio certo, com o mapa correto e, segundo, (re)avaliar os objetivos desse mesmo percurso - para ver se estão de encontro com aquilo que se vislumbra, lá ao longe.
Fiquei bastante orgulhosa desta conclusão, não por ser nossa e de todos (o que connosco é um pouco difícil de conseguir), mas sim por ser simples e prática. É uma conclusão quase de linhas muito direitas, um guia muito básico para eventualmente ajudarmos à construção de algo complexo, que basicamente é o que nos une a nós, aos que efetuamos o tal desfecho. É algo que pode ser aplicado à Enfermagem moderna, com fundamento naquilo que foi o nosso começo como profissão. É algo em que todos nós, que somos Enfermagem, deveríamos pensar e procurar saber mais - quais as conceções do princípio e quais as conceções do agora. Saber o que foi, para conseguir-mos avaliar aquilo que é.
Ao viajarmos através dos tempos e ao reaprendermos com as nossas bases - meios de sustentação daquilo que nos molda e parte do que nos define - conseguimos identificar o fator diferenciador das nossas configurações e dos nossos papéis, individuais ou pessoais, e enquanto enfermeiros. É natural que nestes dias opte por me dirigir mais aos meus colegas, que tantas vezes constroem imenso com tão pouco - tal como foi efetuado no nosso princípio, que não é assim tão longínquo quanto isso. Porque, decorrente de algumas conversas e serões em que tenho participado, existe a necessidade de irmos ainda mais além. E de atuarmos. E, no que diz respeito ao meu papel social, de ajudar a formar pessoas que se preocupem e que ainda fiquem surpresas. E, acima de tudo, que surpreendam.
Neste momento, entre outras e diversas das realidades que me pertencem, trabalho com alunos do primeiro ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem, que consiste, de uma forma muito geral, em apresentar-lhes os conceitos, tentando demonstrar o que é ser Enfermagem, como é ser enfermeiro, a nossa história, em que é que nos suportamos, quais são os melhores acontecimentos e os outros que muitas vezes nos fazem vacilar na profissão.
Sou quase como que obrigada a voltar às bases (obrigação feita com muito gosto), a (re)ler parte dos nossos suportes teóricos e, devo dizer que todos os anos tenho vindo a aprender algo novo. Algo que não sabia, que muitas vezes aprendo com esses mesmos alunos e com as reflexões e articulações que conseguem realizar com os seus pensamentos tão contemporâneos, tão atuais e tão em voga.
Tal como a conclusão inicialmente mencionada, igualmente estas reflexões e articulações por parte dos meus alunos deixam-me com bastante orgulho - porque sei que são reais e assentam em fatos concretos, em evidências procuradas e encontradas. Mas, desta vez, o brio surge também porque vejo que as nossas raízes se vincam de algum modo nestas cabeças que farão o pensamento do futuro. Que, sinceramente, não me apetece ver tão sombrio como alguns o pintam, algures por aí.
Entendo que os tempos que em que vivemos parecem que nos coagem a olhar para o mapa do chão que pisamos com alguma indiferença e até com algum incómodo. Mas não sou forçada a concordar com isso. Especialmente no que diz respeito à Enfermagem de que faço parte, da identidade social a que pertenço, construída com o esforço de raízes tão presentes ainda nos momentos modernos em que nos encontramos. E cuja existência faço questão de lembrar àqueles a quem ajudo a formar.
Talvez seja essencial procurar na simplicidade uma inspiração, ou guia, para os diferentes mo-dos de agir, tanto a nível pessoal, e no nosso caso concreto, a nível da Enfermagem. Porque afinal, é com seres humanos que lidamos, é deles que interpretamos as respostas a processos de transição, é a eles que as nossas ações são dirigidas, e, para isso, é necessário manter a naturalidade dos seus contextos, das suas emoções, das suas vontades. E, através destas conceções, não ter receio de voltar às bases.
15 Junho 2025
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