O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2012-02-26 às 06h00
A rejeição é um dos sentimentos que qualquer ser humano não deseja experienciar mas do qual ninguém “escapa” a vivencia -lo. Este pode ocorrer nos mais diversificados contextos, seja no familiar, profissional, social, ou até mesmo no campo amoroso. A rejeição pode traduzir-se por exemplo, na sensação abandono, não sentir-se amado ou aceite conduzindo à depreciação do próprio. Os filhos podem sentir rejeição por parte dos pais quando não tem retaguarda ou suporte familiar e esta situação poderá ser visível quando pronunciadas frases tais como, “não querem saber de mim!”. É compreensível pois, desde pequeninos que temos a necessidade da aprovação dos pais e quando não existe esse feedback ou não há essa demonstração de amor, pode suscitar dor emocional. No âmbito profissional, este sentimento pode ser exemplificado na seguinte situação, quando sobre determinada execução de tarefa ou prestação de serviço, a pessoa “dá tudo de si”, esforçando-se e empenhando-se ao máximo e quando de surpresa ou imprevisivelmente é substituída ou perde emprego ou até mesmo alguém refere que não é apta para aquela tarefa. Por conseguinte, ao sentir-se rejeitado e não capaz, podem surgir pensamentos derrotistas, “sou um falhado”.
No que respeita à esfera social, esta compreende muitas vezes as amizades, as relações interpessoais. Nem sempre é fácil gerir emoções , e se para um adulto, que já tem uma capacidade cognitiva que lhe permite interpretar situações menos boas que acontecem no círculo das relações interpessoais, é crítico, para um adolescente é ainda mais difícil . Na adolescência, o jovens tendem a valorizar muito o grupo de pares, isto é, o grupo de amigos, e quando é - lhes negada a entrada no grupo , esse jovem para além da rejeição do “ninguém gosta de mim” pode experienciar sentimentos de culpa, isto é “eu sou o culpado de não ter amigos” o qual nem sempre corresponde a real verdade, mas sim derivado de outros factores. A rejeição no campo social está directamente relacionada com o fenómeno do bullying. Pessoas com baixa auto-estima, tendem normalmente a não reagirem muito bem à perda ou à rejeição por parte de alguém num relacionamento amoroso. São por norma pessoas muito carentes que foram privadas de afecto na infância e tendem em jovens ou em adultos a ser inseguras nas relações. Não obstante em outros casos , para manterem um relacionamento permanecem em “alerta” face a qualquer tentativa de rejeição chegando em alguns casos ao ponto de se auto anularem a si próprios no sentido em que permite ao outro “fazer o que quiser, desde que este não o abandone”. Claro que não são relacionamentos sadios. Devido à carência afectiva ao longo da sua vida, é comum, não compreendem que aquela relação “por comodismo” não preencherá o vazio interior. Sucessivas rejeições podem conduzir à ansiedade e a pessoa para analgesiar estes sentimentos enveredam por caminhos como a toxicodependência, álcool e de géneros alimentícios, tudo para compensar a falta de amor. Em casos ainda mais graves podem conduzir ao suicídio. Evitar a rejeição talvez não seja possível, no entanto pode-se tentar compreende-la. Primeiramente de tudo devemos amar a nós próprios. Se eventualmente não correspondermos às expectativas de outros não nos devemos culpabilizar mas sim tentar perceber que por vezes a rejeição está relacionada com problemas e limitações de quem rejeita e não daquele que é rejeitado. Mais concretamente, quando um pai não dá amor a um filho, provavelmente ele também não o saberá como o fazer, talvez porque também fora privado na infância “ se não recebeu, não sabe como o dar”. Na infância o amor, o afecto, o carinho devem estar sempre presentes no dia- à- dia da criança pois assim terão maiores capacidades para enfrentarem possíveis desafios que a vida lhes possa colocar.
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