A responsabilidade de todos
Voz à Saúde
2019-02-09 às 06h00
Muito temos ouvido falar de sarampo. Dados recentes da Organização Mundial de Saúde avançam que, no ano de 2018, o número de pessoas infetadas pelo vírus na Europa foi o maior na década. É importante conhecer a doença, como se transmite, os seus sintomas e sinais, de forma a evitar contágios. É fundamental saber que o sarampo é uma doença infecciosa e que pode ser eficazmente prevenida.
O sarampo é uma doença causada por um vírus da família do paramixovírus. Doença muito contagiosa, a transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por contacto direto com as secreções nasais ou faríngeas de doentes infetados, contacto com produtos infetados com secreções ou através da propagação do vírus no ar. O vírus pode permanecer ativo e contagioso em gotículas no ar durante duas horas. O sarampo pode ser transmitido por via aérea em espaços públicos, escolas, comunidades.
Os doentes com sarampo são contagiosos desde quatro dias antes e até quatro dias depois do aparecimento de manchas no corpo, denominadas de exantema maculopapular, características da doença. A transmissão é mínima após o segundo dia de exantema. O período de incubação da doença varia de 7 a 21 dias, sendo habitualmente de 10 a 12 dias. Os adultos têm um período de incubação mais longo do que as crianças.
Os primeiros sintomas do sarampo são febre, conjuntivite, coriza (inflamação da mucosa nasal) e tosse. É muito característico o aparecimento de uns pequenos pontos brancos na mucosa oral - manchas de Koplik - um a dois dias antes do aparecimento das características manchas no corpo.
Entre o terceiro e o sétimo dia dos sintomas da doença surge o exantema maculopapular inicialmente no rosto, progredindo para o tronco e depois para os membros inferiores. As palmas das mãos e as plantas dos pés raramente são afetadas. A duração do exantema vária de quatro a sete dias e termina habitualmente com a descamação da pele.
O sarampo é uma doença benigna, mas em 30% dos doentes podem surgir complicações devidas à replicação do vírus ou a infeção bacteriana. A diarreia é a complicação mais frequente. A otite média, a pneumonia, a laringotraqueobronquite (infeção aguda das vias aéreas), as convulsões febris e a encefalite (infeção cerebral) podem também complicar a evolução natural do sarampo. Os adultos têm normalmente doença mais grave do que as crianças.
Não há tratamento antiviral específico para o sarampo. O tratamento é de suporte com antipiréticos e hidratação oral. As complicações devem ser tratadas com medicação específica. A administração de vitamina A às crianças com sarampo está associada à diminuição da morbilidade e mortalidade. A Organização Mundial de Saúde recomenda a administração de vitamina A a todas as crianças com sarampo.
A vacinação é a principal medida de prevenção do sarampo e é gratuita. Em caso de diagnóstico de sarampo em pessoas já vacinadas a doença é mais ligeira, a probabilidade de haver complicações clínicas é muito menor e é menos contagiosa. A vacina do sarampo integra o Programa Nacional de Vacinação que recomenda a administração de uma primeira dose aos 12 meses e a segunda dose aos 5 anos de idade. As crianças devem ser vacinadas e a taxa de cobertura vacinal em Portugal é superior a 95%, nível necessário para prevenir a circulação do vírus.
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