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Saúde Mental, Sempre

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Saúde Mental, Sempre

Escreve quem sabe

2024-10-22 às 06h00

Analisa Candeias Analisa Candeias

No passado dia 10 de outubro celebrou-se, por todo o lado, o Dia Mundial da Saúde Mental. A importância da sinalização deste dia é fundamental nos tempos que correm, não só porque a sociedade já deu conta que a saúde mental faz parte daquilo que é a própria saúde, porém igualmente porque, nos últimos anos, a sociedade tem vindo a sentir as consequências da ausência de atenção dada à promoção da saúde mental ao longo dos anos. Sim, este tema continua a ser importante e deve ser relembrado, até, diariamente.
Este ano o tema do Dia Mundial da Saúde Mental foi «Saúde Mental no Trabalho», espelhando-se assim a importância que a saúde mental apresenta nas diferentes dimensões da vida humana. Na verdade, é no trabalho que os indivíduos passam grande parte do tempo, e se bem que deve existir uma certa distância entre aquilo que é a realidade do trabalho e a vida pessoal, também é verdade que um bom ambiente no local de trabalho é essencial para que as pessoas sejam mais produtivas.
Antes de mais, deve ser promovida a segurança no local de trabalho. Este deve ser um espaço de proteção e resguardo da própria individualidade, um espaço que permita às pessoas que sejam elas próprias.
A segurança não diz apenas respeito a recursos materiais, ou à defesa do corpo em trabalhos de risco, porém, a segurança de que se fala aqui é relativa à garantia dos direitos do indivíduo, assim como à promoção de condições para que o mesmo exerça os seus deveres. Quando alguém se sente seguro no local de trabalho irá, com certeza, dedicar-se mais aquilo que produz.
A promoção da saúde no próprio local de trabalho é, identicamente, crucial. E aqui refiro-me de forma muito particular à saúde física, ao abrigo do corpo, que tantas consequências pode trazer se não for bem cuidado. Sabe-se que existem muitos trabalhos que implicam a utilização de movimentos repetitivos do corpo no alcance da concretização laboral, como é o caso em fábricas, por exemplo; porém, também se sabe atualmente que existem formas de minorar os resultados nocivos desse uso do corpo, que passam, em parte, pela realização de mais e maiores intervalos, a utilização de dispositivos acoplados ao próprio corpo durante esse movimento para sua proteção ou, inclusive, o uso de exercícios fisioterápicos de modo a prevenir lesões graves.
Também se conhecem os riscos da discriminação no local de trabalho, como é o caso do (ainda) existente racismo ou, até mesmo, do idadismo. É óbvio que as atitudes que derivam destas ideias radicais – e sem fundamento, na minha opinião – devem ser evitadas, quiçá proibidas ou punidas a nível legal.
O que se pretende que um trabalho seja é uma extensão do enriquecimento da própria honorabilidade humana, que só se consegue alcançar com liberdade, justiça e equidade. Valorizar cada vida humana no local de trabalho – esta devia ser uma das grandes prioridades estratégicas das organizações.
O que se pretende com a amplificação da (promoção) da saúde mental no trabalho vai ao encontro daquilo que é a própria dignidade, inerente a cada um de nós, como seres humanos. Locais de trabalho onde se protejam as pessoas, onde se dê atenção às suas necessidades e onde cada um possa contribuir com aquilo que de melhor tem, são locais onde a própria essência humana é assegurada. Mais do que querer ir atrás de resultados, por vezes é necessário relembrar as organizações da sua responsabilidade social, que se inicia, preferencialmente, dentro das suas portas.
Por conseguinte, que todos os dias sejam momentos de celebração do Dia Mundial da Saúde Mental. Gostaria de chegar ao momento em que não fosse necessária a atenção a um dia tão especial, pois seria sinal de que tudo estava já bem, e quase perfeito. Ainda assim, avance-se de forma robusta nestas festividades, que servem para afirmar a importância da saúde no local de trabalho, e de forma específica, a da saúde mental.

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