A responsabilidade de todos
Voz à Saúde
2020-06-16 às 06h00
A medula óssea é o tecido que se encontra no interior dos nossos ossos, com a capacidade de dar origem às células do sangue periférico. Estão na base da produção dos glóbulos vermelhos: as células que transportam o oxigénio dos pulmões para todo o corpo; dos glóbulos brancos: os responsáveis pelo combate das infeções e proteção imunitária; das plaquetas: que previnem e param as hemorragias. Em pessoas saudáveis, estas células renovam-se constantemente, mantendo um número estável ao longo da vida.
O transplante de medula óssea é, por vezes, o único tratamento possível para certas doenças que afetam as células do sangue. Pelo que, ser dador pode fazer de nós a chave para o tratamento que nenhum outro fármaco ou prática de medicina conseguirá igualar. Saiba que, aproximadamente, 8 em cada 10 doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível que só poderá ser descoberto se estiver inscrito como voluntário.
Na idade adulta existem dois tipos de formas de doar medula óssea: 1. Colheita direta da medula, colhida do interior dos ossos da bacia. Requer, habitualmente, uma anestesia geral e uma breve hospitalização; 2. Colheita de células progenitoras do sangue periférico: através do sangue. O dador tem de fazer, previamente, uma medicação que aumentará a produção e circulação de células no sangue periféricos para proceder depois à sua recolha. Importa referir que, a primeira colheita para inscrição como dador corresponde apenas à colheita de uma pequena amostra de sangue periférico como realizado numa análise de “rotina”.
Diariamente, pode consultar a listagem dos diferentes pontos de recolha da amostra inicial, em Portugal, através do site: http://dador.pt/onde-dar/lista-de-recolhas.
Pode ser dador quem: tiver entre 18 e 45 anos de idade; pesar, pelo menos, 50 kg; tiver uma altura superior a 1,5 metros; for saudável; nunca tiver recebido uma transfusão de sangue após o ano de 1980. Por contraste, saiba que estará excluído de ser dador quem não cumprir os requisitos supracitados, nomeadamente: quem tiver uma idade inferior a 18 anos ou superior a 45; quem tiver uma altura inferior a 1,5 metros ou pesar menos de 50 kg; quem tiver obesidade mórbida, mesmo nos casos de colocação de banda ou bypass gástricos; quem for portador de outras patologias como cardíaca, hepatite B ou C, doenças oncológicas, doenças autoimunes, doenças infetocontagiosas, insuficiência renal, doenças da tiroide, diabetes, anemia crónica, hérnia discal, fibromialgia, glaucoma; quem não compreender a língua portuguesa na forma oral ou escrita; quem não tiver residência estabelecida no nosso país.
É frequente a preocupação com os custos envolvidos em tais procedimentos mas, tudo o que estiver envolvido com a doação, incluindo viagens que sejam necessárias, são assegurados pelo subsistema de saúde do doente, não havendo qualquer custo monetário para o dador.
Mesmo que já esteja inscrito na base de dados de Dadores de Medula, um potencial dador pode, a qualquer momento, desistir do processo de doação. Trata-se de um ato voluntário pelo que não há uma obrigação legal, sendo todas as decisões individuais respeitadas. No entanto, a possibilidade de fazer, efetivamente, a diferença na vida de alguém leva a que muitas das pessoas, quando compatíveis, prossigam o seu processo de doação.
De salientar que, a medula é um tecido que se regenera rapidamente, pelo que é possível fazer mais do que uma dádiva. Já imaginou como seria salvar mais que uma vida doando, “apenas”, uma parte de si?!
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!
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