Os amigos de Mariana (1ª parte)
Voz às Escolas
2020-09-09 às 06h00
OAno de 2020 está a ser um ano atípico para a população mundial, um ano de receios, de distância, de incredulidade, de ansiedade... E a Escola, tal como a conhecemos, desapareceu, durante uns tempos! A escola dos últimos meses não é a verdadeira Escola! Esta não pode ser a tão falada “nova normalidade”! Os corredores vazios, o silêncio incómodo, o computador como meio de comunicação, a ausência do olhar interrogativo, a impossibilidade das questões imediatas, a dificuldade em provocar e possibilitar aprendizagens, a exposição da privacidade de cada lar, a ausência do olhar direto, o desânimo dos alunos, o ruído ensurdecedor das notificações de todas as redes e plataformas, a confusão provocada por tanta tecnologia, o pânico dos pais com a necessidade de acompanhar os seus filhos, a crítica destrutiva de alguns elementos da sociedade contra os professores e as escolas, o egocentrismo exacerbado de outros que não percebem as dificuldades vividas pelos colegas/amigos dos filhos, a demagogia de alguns que nunca perguntaram como poderiam ajudar, mas que apontam os dedos acusadores e atiram pedras.
Afinal... nem toda a sociedade melhorou...
Contudo, muitos outros se mostram à altura, dentro do que é possível neste regime presencial e mascarado e preparado para os restantes regimes que não queremos voltar a viver! Todos os que estão de coração aberto e disponíveis para construir pontes e colaborar socialmente conseguiram e continuarão a conseguir estar à altura e responder aos desafios de forma eficaz. A esses, o nosso profundo agradecimento. Aos restantes... Não esqueçam as responsabilidades que têm na formação dos cidadãos do amanhã!
Foi e continua a ser o período mais difícil e estranho que vivi/vivemos na Educação devido à invasão das nossas vidas pela ameaça do novo coronavírus. Uma estranha forma de vida em que a sociedade passou a residir, com uma profunda anormalidade nos seus hábitos, nas suas experiências, no seu quotidiano. Mais do que nunca, este foi o ano de darmos as mãos, de trabalharmos dentro de portas ultrapassando as fronteiras dos edifícios e das tecnologias, em estreita colaboração com as estruturas concelhias que nos apoiam e connosco desenvolvem o Projeto Educativo do Agrupamento como a Autarquia, a Associação de Pais, os Pais e Encarregados de Educação, diversas instituições e empresas.
Temos muito orgulho no AEAmares feito com todos NÓS! Os professores reinventaram a escola e deram o máximo de si, os assistentes técnicos e operacionais reinventaram o seu modo de trabalhar e empenha- ram-se em cumprir o melhor possível as suas missões. O trabalho de proximidade com todos foi muito produtivo.
A maioria merece este reconhecimento: as direções, pela capacidade de trabalho e entrega e pela tomada de decisões que procuram não deixar ninguém para trás; os professores, pelo esforço inigualável, por terem ultrapassado barreiras, por terem feito uma adaptação em tempo recorde, por terem deixado em segundo plano as suas famílias para cuidarem dos seus alunos (é que os professores também são pais!!!); os pais por se terem desdobrado entre os seus trabalhos (e muitas vezes a ausência de condições e o (des)emprego), o acompanhamento dos seus filhos e a colaboração com a escola...
Continuaremos juntos para abrir o novo ano com todos na Escola. Até o código de conduta a distribuir aos alunos tem como prioridade as regras de saúde, segurança e higiene. Os conselhos a fornecer aos pais e encarregados de educação privilegiam a capacidade de ajudar a combater a ansiedade “pandémica”.
Queremos o melhor em setembro, para continuar a projetar a escola como uma instituição de referência que tem o futuro nas suas mãos. Precisamos de recuperar tudo o que ficou por cumprir. E todos estão a trabalhar para preparar essa recuperação das aprendizagens, em que nenhum aluno pode ficar para trás, ajudando no combate à desigualdade social. O trabalho é também ao nível sanitário e de protecção da saúde pública. As escolas estão preparadas para receber todos, dentro de todas as regras de segurança e contingência possíveis.
É fundamental que todos saibamos cumprir o nosso dever cívico, como cidadãos e como pais, educadores, professores. Tudo está preparado, mas o futuro só se previne se cada um souber preservar o presente.
Por maiores que possam ser as contrariedades, à nossa volta e neste contexto em que vivemos, a atitude de fazer a diferença depende de cada um de nós!
Saibamos ser Girassol, saibamos ser desintoxicantes mentais e serenar os que estão à nossa volta, cumprir e fazer cumprir as regras que este vírus nos impõe.
Saibamos brindar à Vida e, (Re)escrever a nossa História, olhando para o Sol e não somente para as trevas...
Responder aos novos desafios, sobreviver e ajudar a viver nesta anormalidade.
Ser forte e sereno, companheiro e colaborador, guia e farol, ninho e segurança.
Cada vez mais, é o momento de partilha, de colaboração.
É diferente, é estranho, é desconhecido.
Mas o essencial está lá... Nós!
Um excelente ano para todos, com três grandes S: Serenidade, Sabedoria e Segurança.
30 Junho 2022
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