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Setembro é a “rentrée” para um novo ciclo

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Voz às Bibliotecas

2022-09-08 às 06h00

Carla Araújo Carla Araújo

Para recomeçar mais uma edição das minhas crónicas “Voz às Bibliotecas” tentei inteirar-me sobre a origem da palavra “setembro”, pois é o mês que tem marcado o início de todos os ciclos de crónicas que tenho vindo a publicar.
Numa rápida, e não muito aprofundada, pesquisa na internet encontrei a seguinte definição: “No primitivo calendário romano, que começava em março, “septem” era o sétimo mês e daí o seu nome setembro. Apesar de ter passado a nono mês, depois da reforma introduzida por Júlio César, manteve a designação de setembro. Setembro é o mês que faz a passagem do verão para o outono”. Nesta passagem do verão para o outono, setembro marca o recomeço de novo ano escolar, o recomeço de nova época desportiva, o regresso ao trabalho e às habituais azáfamas, entre outras “rentrées”. Nesta ideia de reinício, regresso… apercebi-me que este mês de setembro é marcado, também, por uma série de importantes oportunidades de reflexão e valorização para os profissionais das ciências da informação. Desde logo, porque as iniciativas que já se encontram divulgadas e à sua disposição são de relevante e pertinente interesse para esta rubrica mensal que, como o próprio nome sugere, pretende dar voz (e corpo) às bibliotecas.
A começar, e com data marcada para o próximo dia 14 de setembro, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas realizará o “1.º Encontro Nacional da Comunidade de Utilizadores da Plataforma CLAV”, subordinado ao tema “Conhecer melhor a CLAV”, na Torre do Tombo, em Lisboa. Este encontro tem como objetivos dar a conhecer a Plataforma CLAV – Classificação e Avaliação da Informação Pública enquanto meio tecnológico que visa tornar mais eficiente a gestão da informação arquivística produzida pela administração pública, agilizar a interação das entidades públicas no domínio da gestão de documentos, bem como favorecer a transparência da ação pública. No dia imediatamente a seguir, 15 de setembro, a Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivista, Profissionais da Informação e Documentação, realizará, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o “Colóquio Inovar com Determinação – Homenagem a Maria José Moura”. Sob o lema “Inovar com Determinação” o colóquio pretende refletir sobre uma visão estratégica para a afirmação das bibliotecas e discutir sobre os desafios futuros da profissão. Como reconhecimento do trabalho e dedicação que Maria José Moura sempre dirigiu às biblio- tecas e aos bibliotecários portugueses, e como forma de perpetuar a sua memória, está planeado também para este momento o lançamento do livro que inclui a sua nota biográfica, pontuada com fotos, recensão e textos mais relevantes da autoria da homenageada, testemunhos de colegas e amigos, entrevistas e um capítulo com as comunicações previstas no colóquio. Poucos dias depois, a 19 de setembro, no Fórum da Maia, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e o Município da Maia organizarão o “1º Encontro de Grupos de Leitores da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas: Leitura Social em movimento”. Neste encontro pretende-se refletir sobre os hábitos de leitura e a formação de leitores e como contribuem as bibliotecas públicas para a criação de dinâmicas de leitura e de que forma podem assumir estes grupos uma vertente social e proximidade entre públicos diferenciados.
De acordo com os números do Relatório Estatístico da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas existem em Portugal 101 bibliotecas municipais a dinamizar grupos de leitura, sendo que em 2019 realizaram-se mais de 1.700 sessões onde participaram quase 26 mil pessoas. Logo após, no dia 20 de setembro, realizar-se-á na Biblioteca Pública de Évora a conferência “A EBLIDA a as Bibliotecas Portuguesas: como podemos ajudar?”. Nesta conferência pretende-se conhecer melhor a atividade da EBLIDA, o seu trabalho de advocacia pela afirmação das bibliotecas no contexto europeu, bem como as linhas de trabalho que tem vindo a desenvolver para apoiar as bibliotecas no seu contributo para uma sociedade sustentável, uma sociedade democrática e uma sociedade justa e equitativa. Será também abordado o trabalho desenvolvido pelas bibliotecas europeias relativamente aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, através da divulgação dos resultados dos relatórios já obtidos e serão igualmente apresentadas várias ferramentas para apoiar as Bibliotecas Portuguesas na implementação de atividades relacionadas com os ODS.
Por tudo isto, e porque o espaço desta crónica não me permite mais, a “rentrée” para os profissionais das ciências da informação está “ao rubro”!
Participem.

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