Maravilhas Humanas
Escreve quem sabe
2023-03-26 às 06h00
O alcance das conquistas profissionais, pode traduzir-se na realização pessoal, como por outro lado, e numa outra visão o “pior pesadelo” (elevado absentismo laboral ou apresentações elevadas do CIT- certificado de incapacidade temporária, conhecido também com baixa médica). As doenças profissionais, merecem especial atenção nomeadamente o burnout. É uma doença que resulta de um esgotamento mental e físico causado por vários fatores: stress crónico, competitividade ( por vezes “desonesta” ) entre colegas, excesso de horas de trabalho, o desempenho de tarefas que não foram especificadas, a falta de recursos para realizar determinadas tarefas, a liderança organizacional que não se pauta por uma comunicação assertiva justa e equitativa, a falta de reforço positivo ou elogio do desempenho, a incapacidade de conciliar a vida profissional com a vida familiar e social etc. A síndrome de burnout traduz-se na “perda da motivação” em estar a desempenhar aquele papel profissional. A síndrome de burnout compreende as seguintes fases: a exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal. A titulo de exemplo e de explicação pode-se considerar-se a seguinte situação apresentada. Alguém que trabalha num trabalho que se caracteriza pela descoordenação na delegação de tarefas, poucos incentivos de reforço positivo e um mau ambiente organizacional entre chefias e colegas. Na véspera do termino do fim-de-semana ou folga, a poucas horas de regressar ao trabalho, sente angustia. Por sua vez, já no trabalho, tem falta de energia e começa a sentir mau estar generalizado, como dores de cabeça, dores de barriga que automaticamente desaparece após o termino do trabalho (síndrome das construções doentias) e não têm causa clinica de doença. Com o passar do tempo há uma diminuição muito acentuada da motivação e prazer em estar no trabalho, executando as tarefas em modo “piloto automático”, nomeadamente, em caso de trabalhar com pessoas e para pessoas, verifica-se a pouca afetividade. Posteriormente, já numa outra fase, perde o interesse e sente exaustão física e emocional. A sintomatologia do burnout afeta as quatro áreas de vida: saúde física, saúde psicológica, vida social e vida pessoal. Fisicamente manifesta-se em problemas gastrointestinais, alterações do sono (insónia ou hipersónia), compulsão ou inibição alimentar, perdas de memória benignas, hipertensão arterial, cefaleias etc. Psicologicamente e emocionalmente: alteração do estado de humor que varia e oscila entre a irritabilidade excessiva e a tristeza, sentimento de que “não tem valor”, ansiedade generalizada que compromete as atividades da vida diária, diminuição da autoestima e do autoconceito (a forma como o/a próprio/a se vê). No que se refere ás áreas pessoal e social manifesta-se no “isolamento” de “estar com pessoas”, evita sair, diminuição dos cuidados da autoimagem etc. O tratamento do burnout passa pelo acompanhamento, em primeiro lugar, de profissionais especialistas com recurso a intervenção terapêutica. No seu dia-à-dia, pode também “contrariar”, isto é: saia mesmo que não lhe apeteça muito, faça atividades de que gosta muito, não se isole e por mais que lhe seja difícil esteja com pessoas. Cuide de si. Não se deixe desgastar por problemas organizacionais e profissionais que não contribuem em nada para a sua felicidade ou realização. Você faz o seu melhor e o que pode. E quando sentir que o lugar onde está, já não o/a realiza, saiba que é um sinal que deve procurar outro local de trabalho, onde irá ser feliz.
18 Abril 2025
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