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Voz à Saúde
2024-03-12 às 06h00
A Síndrome do Intestino Irritável é um distúrbio do trato digestivo que se caracteriza pela presença de um conjunto de sintomas como dor abdominal recorrente, associada a alterações do trânsito intestinal como diarreia e/ou obstipação, distensão abdominal e flatulência, que tendem a ocorrer em conjunto. Apesar de se tratar de uma doença benigna acaba por ter um elevado impacto na qualidade de vida do doente.
Trata-se de uma doença muito comum, chegando a afetar cerca de 20% da população, em algum momento da sua vida. Costuma surgir em idades jovens (antes dos 35 anos de idade) e é cerca de duas vezes mais comum nas mulheres. O termo Síndrome do Intestino Irritável deve-se ao facto do intestino ser mais sensível e reagir a estímulos como a alimentação e o stress, levando à alteração da frequência, forma ou consistência das fezes.
Tal como descrito, as manifestações mais comuns da doença dizem respeito à dor ou desconforto abdominal, associado a diarreia, obstipação ou ambas. Os quadros de diarreia podem apresentar-se com sensação de urgência para defecar e a presença de muco nas fezes também pode estar associada. Frequentemente, a dor abdominal agrava com a ingestão de alimentos e alivia após a defecação ou a eliminação de gases.
Saiba que a presença de sangue nas fezes, o emagrecimento ou a presença de febre deverá levantar a suspeita de um outro diagnóstico que não o da Síndrome do Intestino Irritável.
Não há uma causa única para a origem da Síndrome do Intestino Irritável, admitindo-se que resulte de uma combinação de problemas físicos e psicológicos como stress, ansiedade e depressão. Após uma infeção do intestino (gastrenterite) também pode surgir como reação sequelar. Alimentos ricos em açúcares, comidas picantes, café e álcool também podem aumentar o risco de aparecimento da doença.
O diagnóstico é, essencialmente, clínico, ou seja, baseia-se na história clínica e no exame objetivo do doente. Assim, em caso de suspeita, saiba que deve consultar o seu Médico Assistente. Em caso de dúvida no diagnóstico poderá ser necessária a realização de exames adicionais como análises, estudos endoscópicos como a colonoscopia, exames radiológicos ou mesmo estudos psicológicos.
O tratamento passará pela orientação médica associada a alterações alimentares e ao controlo do stress. Será sempre um processo lento, que poderá demorar 6 meses ou mais até à melhoria dos sintomas ou resolução do quadro. De salientar que as intolerâncias alimentares não são identificáveis nas análises, pelo que, cada pessoa poderá não saber ao certo quais os alimentos que terá de restringir. No entanto, aconselha-se a diminuição do consumo de fibras, no caso de aparecimento de diarreia e, pelo contrário, o seu reforço associado à ingestão de líquidos, nos casos de obstipação. O café, chá, chocolate, bebidas alcoólicas, leite e derivados (queijo, manteiga…) e especiarias devem ser consumidos em menor quantidade. Nos casos refratários ao controlo alimentar pode estar indicada a prescrição de medicamentos. Também a nicotina pode agravar os sintomas, pelo que, os fumadores devem ter especial atenção.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua Saúde!
21 Janeiro 2025
07 Janeiro 2025
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