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Ideias

2013-04-19 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

“Não há santo dia sem homilias “catedráticas” sobre o estado do país protagonizadas por quem foi incapaz de inverter o curso errático de Portugal nas últimas décadas”, sendo “às catadupas os pavões sábios de entretenimento”, como muito bem escreve Fernando Santos (JN, 22.3.13) que, depois de enunciar uma extensa lista de tais “actores”mergulhados na política diz ainda que “não faltam os retratistas-projectistas do que é o país e do que deveria ser”.

Mas o cúmulo da cretinice, que aliás de todo nos pasma, é o “chamamento” de Sócrates à RTP para fazer de comentador, ele que foi um dos maiores obreiros do estado calamitoso em que nos encontramos.

Há muito vínhamos terçando armas perante tão ridículo, atoleimado e alavancado número de pseudo peritos em política, sociologia, economia, finanças, governação e ... em tudo, mesmo naquilo em que o leitor está a pensar e que por decência não se diz nem se escreve, mas a grande realidade é que nunca nos passou pela cabeça que um socra(e)tino qualquer da RTP tivesse tido a peregrina ideia de pôr tal indivíduo a comentar.

Para mais numa televisão pública, que todos vimos “pagando” e sustentando apesar das “porcaria” e “miséria franciscana” em que se tornou e ser um incomensurável e incontrolável sorvedouro de dinheiros públicos. Aliás, por mais que se proclame a “gratuiticidade” de tal presença, a grande realidade é que vão ser postos ao serviço de tal personagem, e de seus mais ou menos esconsos intuitos, meios técnicos, logísticos e humanos e tempo de antena que são custeados por todos nós, e que de todo em todo são dinheiro e valores públicos, sendo certo que de modo nenhum acreditamos que a RTP não lhe custeie as viagens e tão só lhe dê uma sandezita para compor o estômago. Uma cretinice, uma vergonha e uma incontornável ofensa à inteligência de todos nós, por muito que se queira camuflar como “independência editorial” e “serviço público”!...

E se já vínhamos desde há muito pondo as nossas reservas e reticências quanto às existência, manutenção, real utilidade, valência intelectual, verticalidade e “verdade” de todos os muitos e outros “Professores Pardais” que vêm grassando pelas nossas televisões, quanto ao novo comentador apenas se quer exarar e sublinhar que qualquer hipotética relevância dos seus “comentários” acabará por se esvair e esfumar face à realidade de tão disparatado despautério de quem dirige a RTP, e mentores de tal “ideia'. Quando o país mais carece de estabilidade e de pacificação social e não pode andar sempre de crise em crise, é de todo absurdo, perigoso e irracional trazer à ribalta um novo “incendiário”, cujas sabidas “qualidades”, usuais “verdades”, costumeiras “explicações” e já cansativa “verborragia” não são novidade para ninguém.

Na verdade o novo “comentador” acolhido pela RTP, para além de ser um parlapatão incorrigível, um emperdenido e perverso “mentiroso” e um recorrente “vendedor de banha da cobra”, ainda tem atrás da porta os quentes e mal cheirosos “cueiros” de toda uma recente governação, aliás perversa, falaz, aldrabona, desastrosa e de mero pavoneio, diga-se, não sendo possível dissociá-lo da miséria a que se chegou e do estado calamitoso a que levou o país.

Por mais explicações que queira dar tentando fugir a responsabilidades, a verdade é que a situação em que nos encontramos, e consequente descalabro, ficou a dever-se às suas teimosia e inepta governação, já que, não sabendo ou não querendo inverter a nefasta política de todos os seus antecessores e comparsas na ruína do país, ainda mais a alimentou e agravou com um pavoneio de utopias, parlapateirice e eleitoralismo, a todos “enganando” desavergonhadamente.

Mas esses “socra(e)tinos” da RTP, estupidamente, quiçá procurando audiência (será mesmo verdade?), não se importaram com os sentimentos, memória e triste realidade do povo português, esquecendo e minimizando os perversos efeitos do facto em termos de estabilidade e paz político-social num país que não pode “arrastar-se” por muito mais tempo em eleições, acusações, insinuações, intrigas e tricas . E nem sequer queremos admitir e evocar outros desígnios, quiçá encomendados e ainda mais perversos, próprios ou de Sócrates, como “limpar” uma imagem, satisfazer “tortuosas” inclinações, pôr fim a certas “orfandades”, afastar “impecilhos”, condicionar e mostrar intenções em “lançamento” para presidenciais.

Jogando com as conveniências e desejos de “vingançazinhas” do engenheiro-filósofo (a ordem é arbitrária, diga-se), a verdade é que a RTP não teve pejo algum em cometer uma cretinice de todo o tamanho e em provocar incomensurável estupor e pasmo em todo o mundo pensante, sensato, coerente e ... com memória.

O facto, aliás, provocou até estupefacção no país vizinho face ao ridículo e inesperado “acolhimento” e “regresso” à pantalha da televisão pública de um ex-primeiro ministro ainda há pouco por todos contestado, com uma demissão muito recente e por razões que não enobrecem nem se recomendam. Um ex-primeiro ministro de triste memória que meia dúzia de aulas de filosofia em Paris de modo nenhum o nobilitam, “apagando” todo o seu ainda próximo e perverso passado.

Mas nisto de passados e perversidades a grande realidade é que nos últimos tempos as cretinices políticas e afins, e mesmo os desaires havidos e erros cometidos, continuam a gozar de incompreensível aceitação e de uma impensável compreensão, sendo certo que maus e medíocres governantes e outros (ir)responsáveis deste país se têm saído bem na Europa e não só, onde vêm sendo acolhidos de braços abertos. Aliás é impossível esquecer-se que o anterior governador do Banco Portugal, o Constâncio, apesar da sua inepta e perversa actuação funcional e de fiscalização no caso do BPN, foi logo “encaixar-se” no Banco Central Europeu, imagine-se, e até já dá “palpites” sobre a calamitosa situação financeira e económica do seu país.

O que, admita-se, além de surpreendente é sinal inequívoco de todo o ridículo e despautério em que se vem desenvolvendo a política portuguesa, e seus intervenientes, desenrolando-se de cretinice em cretinice até ao descrédito e desaforo totais.

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