O primeiro Homem era português
Escreve quem sabe
2020-04-05 às 06h00
A vida é veloz. Escapa-se por entre dias que nem sempre se tem consciência que passam. Espera-se por fins-de-semana para se ser feliz e para viver o que não foi vivido durante a semana. O universo, todos os dias dá sinais. Sinais bons, positivos que nem sempre se valoriza, porque se arranja uma desculpa sem sentido, . Desculpas que passam por se dizer que “não é o dia”, “não é a hora”, “não é o momento” ou até “vi, mas faço de conta que não vi.” Prioriza-se, tantas vezes os valores materiais (e trabalha-se arduamente, com saúde e até sem, e acaba-se por se não viver e ser feliz) em prejuízo dos valores mais importantes como o amor, a família, a amizade, e até as relações interpessoais no trabalho ( sim…porque também no contexto profissional se fazem amigos). E só quando se está “privado/a” de situações simples como, um abraço de alguém especial, apreciar um pôr-o sol, estar com os amigos ou até mesmo, a atividade profissional (quer se goste mais ou menos), se reflete na vida.
Chega-se à conclusão que quando se quer e se deseja, há sempre tempo para tudo, mas infelizmente gere-se mal o tempo. A culpa é da sociedade, de todos/as e de cada um/a. Está-se em isolamento social. Um isolamento social que está a proteger a saúde e a vida. Uma responsabilidade social de todos/as. Pessoas muito sociáveis, dinâmicas e pró-ativas tendem a ter mais dificuldade adaptar-se a esta fase. Também as pessoas que estão sozinhas, poderão ter problemas de adaptação ou até maior stresse emocional. Tendem a ficar mais vulneráveis ao humor deprimido (tristeza). Durante o isolamento social muitas vezes, é-se acometido, por pensamentos negativos que sem querer invadem o pensamento. Inconscientemente pensa-se no antes e no depois da vida, nomeadamente no antes. No que se fez e no que se poderia ter feito que por culpa do “corre corre” da vida não tivemos tempo. Mas o isolamento não deve ser visto como uma fatalidade. Há aqui uma oportunidade de reflexão , de fazer um “balanço” da vida até ao momento atual e em seguida delinear estratégias para onde se deseja ir. Tem agora a oportunidade para pensar nisso mesmo. Todavia, não se desgaste com pensamentos negativos que não conduzem a lado nenhum. Uma dica para quando os pensamentos negativos estiverem a incomodá-lo.
Escreva num papel ou faça uma lista dessas emoções negativas ( Eu sinto-me… e continue) e logo de seguida rasgue o papel. Nesta fase, coloque em “stand by” o “complicómetro”. Sabia que até na doença, a cura passa também em certa parte, por estar dentro de nós?! pelo otimismo (de que “irá correr bem”), a perseverança (no sentido em não “baixar os braços perante as dificuldades”), a fé (“um dia de cada vez. Amanhã será melhor”.). Você consegue! Acredite. Você consegue!
Neste isolamento, é fundamental para o bem-estar de todos/as, tentar focar-se nas coisas positivas. Faça uma lista das situações pendentes da sua vida. De situações que tem vindo a adiar a sua resolução e reflita o porquê que o tem feito, quais as razões, e os medos associados. O medo de exteriorizar o que se é ( “o que vai pensar”) e o que se sente (“desconfortável”, “mostrar-se vulnerável”, “vergonha”) cria inequívocos quando se passa uma imagem de “que não se gosta” ou “não me preocupo ” quando é precisamente o contrário. Possivelmente o que correu mal na sua vida, pode ser uma consequência destes inequívocos emocionais (anteriormente descritos). O medo trava os afetos e todo o ser humano é composto de afetos.
Neste sentido não é à toa que as doenças do foro psicológico surgem devido à falta de afeto. Em seguida, faça uma outra lista, de tudo o que vai fazer após o isolamento. Foque-se no que deseja viver. O que pretende fazer. Lembre-se a enumeração da lista, não passa por detalhes muito elaborados mas detalhes simples. Porque o essencial da vida é simples e na sua maioria não tem custo monetário. Importa referir e filtrar que não adianta, não resolve, nem o vai fazer mais feliz, pensar no que “ não fez” , porque tal como diz o ditado popular “águas passadas não movem moinhos” . Canalize a sua energia para delinear estratégias de felicidade. Estamos/as todos na mesma situação. Não antecipe cenários que vão torna-lo/a ainda mais frágil. Até porque…pode não acontecer. Fique em casa pela sua segurança e pela segurança de todos/as. Tudo vai correr bem.
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