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Um ano forte em memórias a preservar!

Mais ação e dedicação pela saúde dos portugueses

Um ano forte em memórias a preservar!

Voz às Escolas

2023-09-11 às 06h00

Maria da Graça Moura Maria da Graça Moura

Sem nostalgias... mas apetece mesmo muito comparar a escola de hoje com a escola de há 50 anos atrás!
As memórias do percurso a pé, sozinhos, para a escola primária, às vezes tendo de atravessar montes e campos, a maior parte do ano letivo com chuva, alguns meninos descalços, que saíam de casa já com a tarefa cumprida de levar o rebanho ao pasto ou de deixar o leite de porta em porta. Mais tarde, as memórias dos que seguiam os estudos na vila ou na cidade, que se levantavam de madrugada para apanhar a carreira, levando a merenda na sacola, vestindo a roupa reciclada dos irmãos mais velhos, estudando pelos livros que passavam de uns para os outros e onde eram anotados os apontamentos do professor nas bordas das páginas.
As distinções das classes sociais, onde se notava claramente quem era rico e quem era pobre. As brincadeiras nos recreios da escola primária, o esconde-esconde, a macaca, o jogo da apanha, o salto à corda e, mais apreciado pelos rapazes, o pião, a roda e a bola feita de trapos...
E, mais crescidos ainda, as memórias abrem as gavetas das músicas do festival da canção, das bandas de garagem, dos amigos que tocavam viola, das conversas em grupinhos sobre os professores mais giros ou como pregar partidas aos mais distraídos...
Estas são memórias que servem valiosamente a escola de hoje, pela relevância dos valores, pela necessidade de sensibilizar para o respeito pelo outro e pelo meio, pela conquista (revolução dos cravos) do quanto é fundamental fazermos parte de uma sociedade na qual temos voto, uma sociedade que influenciamos positivamente, colocando-nos mais perto dos órgãos responsáveis pelas tomadas de decisão. Colaborar, contribuir, dar parecer, opinião, ...valoriza, responsabiliza, envolve, compromete.
Este ano nenhuma escola pode ficar à margem das comemorações de um tempo transformador, de mudança sem retorno, os 50 anos de abril. Todas as memórias têm de ser reabertas para que, na escola de hoje, invadida pelas ferramentas da tecnologia de informação e comunicação, se conheça esse Portugal de há 50 anos atrás.
Abril, em todas as dimensões, nunca pode ficar esquecido.
Temos hoje uma escola extraordinariamente rica em diversidade social e cultural. É fundamental fazer desta realidade um valor, integrar e incluir respeitando a experiência/construção social de todos os alunos, das suas famílias, das suas vivências e valores individuais. Sem perder a nossa identidade.
Esta diversidade é facilitadora da transformação que queremos. Falamos de renunciar ao conflito, de formar pessoas que saibam desbloquear problemas, abrir portas ao diálogo, à construção de um mundo onde todos tenham acesso a percursos que os conduzam à felicidade.
O Agrupamento de escolas André Soares abre as portas a um novo ano escolar, com início das atividades letivas em 15 de setembro, com este objetivo, com esta missão, a de valorizar o que é, de facto, transformador, garantindo a liberdade que abril nos ofereceu.
Um bom ano!

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