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Ensino
2017-09-13 às 06h00
Aformalização do ensino especializado tem vindo a ser cada vez mais uma realidade na formação académica e pós-graduada dos estudantes no ensino superior. De facto, o encaminhamento da formação para o mercado específico que será alvo de intervenção por parte do estudante num futuro próximo é uma das preocupações necessárias por parte dos agentes de ensino. Preparar alunos para os desafios concretos parece consensual e unânime.
No entanto, a forma de como os preparamos para os desafios da carreira poderá não reunir tanto consenso assim.
Neste momento áreas emergentes associadas à tecnologia como a internet das coisas, inteligência artificial, nanotecnologia, aprendizagem da máquina ou big data analysis possibilitam-nos informações e soluções que até há pouco acreditavam-se não ser possíveis de serem realizadas pela máquina. No caso do desporto, por exemplo, aplicações que monitorizam o estado permanente dos atletas, que sugerem planos de intervenção e que identificam variáveis que então necessitavam de muito tempo para as concretizar são uma realidade que destronam a presença de recursos humanos formados e creditados. De facto, a convivência com “a máquina” terá de ser cada vez mais uma constante equilibrada e passível de ser aceite. Assim tem sido a revolução tecnológica das últimas décadas.
A solução não passa por apelar à retoma dos lugares tomados pela máquina, mas antes, aceitar as suas potencialidades e ajustarmo-nos à realidade. Para isso necessitamos de profissionais capazes de questionar, identificar e projetar futuras necessidades da população. No caso do desporto, uma vez mais, novas áreas têm vindo a surgir em força aliadas à tecnologia como a análise de jogo ou os departamentos de análise do desempenho. Aproveitando as oportunidades emergentes, criam-se novas necessidades nos consumidores finais.
Assim, mais que continuar a formar em especificidade, as ofertas formativas e os estilos de ensino devem suscitar por um lado, a capacidade de aplicar o pensamento científico às observações do quotidiano e, por outro, novas linhas de pensamento através de áreas não diretamente associadas à formação específica. Por exemplo, Steve Jobs após ter desistido da sua licenciatura frequentou uma formação específica em caligrafia que lhe possibilitou, anos mais tarde a valência de criar um sistema com fontes diferentes, apelativas e capazes de responder aos diferentes gostos dos utilizadores. Numa conferência na Universidade de Stanford, Jobs referia-se a este momento como “connecting the dots”.
No fundo, pretende-se referir em como uma formação nada específica com a sua profissão futura num momento concreto da vida o auxiliou a diferenciar-se positivamente da concorrência anos mais tarde.
Muitas vezes a aprendizagem que parece inespecífica hoje, poderá ser-nos muito útil no futuro. Quem diria que neste momento o clube de futebol Liverpool oferece 100.000 libras a um doutorado com licenciatura em matemática ou física para analisar dados desportivos, prever eventos futuros e reduzir a exposição a lesões? De facto, ou somos revolucionários e visionários com formações complementares que fogem à formação específica ou podemos ser a médio-longo prazo destronados pelas novas necessidades que vão sendo criadas pelo mercado.
Esta visão transdisciplinar que alia a interação entre diferentes áreas científicas beneficiará profissionais, académicos e cientistas pela busca de novos conhecimentos e formas de pensar mais efetivas e eficazes. É assim que na Escola Superior de Desporto e Lazer - Instituto Politécnico de Viana do Castelo pensamos e procuraremos agir num futuro próximo.
13 Fevereiro 2019
30 Janeiro 2019
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