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Um Governo de salvação nacional

Arte, cultura e tecnologia, uma simbiose perfeita no AEPL

Ideias

2013-06-14 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

Não jogamos no Totoloto, na raspadinha nem no Euromilhões mas não nos custa apostar num governo de salvação (?!) nacional por iniciativa de Cavaco e estamos convicto de que tal só não aconteceu ainda porquanto, ao contrário do já por si afirmado noutras matérias em que diz não ter dúvidas, neste momento está mais do que indeciso. Aliás Cavaco, em nítida baixa de forma, perturbado e a precisar do defeso, não só já evocou a intervenção divina de Fátima na aprovação de exame pela troika, como ainda se deixou cair num português errático e sub-primário ao falar duas vezes em “cidadões”. Mas impõe-se a sua intervenção pois, di-lo Santana Lopes, “o Governo parece o balneário do Real Madrid” (C. Manhã, 14.5.13), mas agora já sem Mourinho.
Pensando nos “cidadões” e querendo ajudar, permitimo-nos indicar figuras que pelas suas apregoadas qualidades (?!) poderiam compor esse Governo. E não sendo o Mourinho devido ao seu alto “custo” e usual conflituosidade com os media, crê-se que o primeiro ministro devia ser o Marcelo da TVI, que, por estrutural habituação, vem tendo um show semanal dando dicas, criticando governantes e oposição, antecipando quadros, fazendo previsões, tecendo cenários, etc.. O homem aliás sabe de tudo, está sempre bem disposto, desfaz-se em sorrisos, faz piada com as palavras, tem sempre planos A, B e C e até pode dar “notas” aos companheiros e colaboradores. Com um ligeiro tique facial a revelar toda uma preocupação em aclarar e colocar a voz, apresenta-se como alguém que percebe (!?) e está a par de tudo (até adivinhou a data do anúncio de Cavaco na corrida a Belém) e é experiente, esperto, simpático, desportista e um nadador compulsivo. Que de certo “nadaria “ entre as dificuldades sem perda de fôlego, para mais tendo a Judite como chefe de Gabinete.
Para ministro de Estado e seu braço direito (embora se diga de esquerda), indica-se o Seguro, sempre impecável, sorridente, engravatado, falando sem dizer nada mas a abarrotar de ideias. Que naturalmente esconde e nunca revela porque ... o segredo é a alma do negócio e o seguro morreu de velho... Sobretudo tendo-se Sócrates à perna.
Que, aliás, talvez pudesse ser ainda útil na pasta dos Negócios Estrangeiros já que viajou muito, conhece meio mundo e tem “peso” na Venezuela graças aos computadores e à amizade com Maduro, cuja vitória avalizou. Sabendo línguas ( o inglês técnico do curso e o francês treinado em Paris), seria de extrema utilidade como “vendedor” do inimaginável e inexistente, com vantagem para as exportações, por ser um “paleio-dependente” profissional com calo em “jogos de cintura” e “estrangeiradas”.
Mas não será de excluir a hipótese de o colocar antes nas Finanças, com o Arménio e o Jerónimo como Secretários. Apologistas e defensores dum “caloteirismo” primário, facilmente saldaríamos os nossos débitos à Troika e ao FMI com um solene “não pagamos!”, bem sonoro e gritado. Não nos preocuparíamos mais com déficit e dívidas porquanto, com uns “chavões” bolçados raivosamente sob a acção mobilizadora de tais “charlatães”, logo ficaríamos livres de credores, Troika e FMI que, cheios de medo, fugiriam com o rabo entre as pernas e de mãos a abanar.
Claro que o Arménio ou o Jerónimo talvez pudessem ser ministros da Defesa (chamar-se-ia então da Guerra, como outrora), já que pelos espírito e capacidade de luta e repetidos apelos às acções de rua, manifestações, etc., poderiam “dar a volta” às cimeiras internacionais, que não seriam mais da Nato, CEE e dos países ricos e capitalistas, e se apresentariam menos funestas e gravosas para as forças militarizadas e soldados. Que aliás poderiam ser mais úteis numa outra revolução, agora talvez de papoilas, pondo fim a inúteis “chefias”, “generalites ”, “brigadeirices” e estabelecendo um rácio mais correcto e econónico entre chefes e subordinados. Claro sem afectar os Vascos, Loureiros, Otelos, etc., ... a manter e preservar nos seus relicários.
Para a Justiça poderia ir o Isaltino, assessorado pelo seu naipe de juristas, embora para esta área fosse possível indicar outras figuras que se mostraram hábeis, espertas e lestas nos meandros do direito, no uso das leis e no “fugir com o rabo à seringa”. Isto, claro, se não se optar por recorrer a advogados “matreiros”, habilidosos em certos processos e nas “audiências” à porta do tribunal, sendo que para a Cultura e a Educação se poderia fazer uma incursão no mundo dos comentadores e treinadores de futebol e andebol, com provas já dadas em oralidade, “educação”, “cultura”, “saber” e “formação” eclética, pelo que se vê na TV. Talvez alguém que, apesar de conflituoso e reverbativo, nem seria um novato na governação e vem revelando esconsas e não dissimuladas parcialidade, teimosia e falta de independência, seriedade e honestidade intelectual. Mas isso nem seria obstáculo por corresponder ao ADN de um “político”.
Para a Saúde, note-se, poder-se-ia sempre recorrer ao “bruxo de Fafe” ou a alguém da afamada zona barrosã das mézinhas, chás, defumadouros e “rezas” que trate da saúde dos “cidadões”, e das “securas” e “birras” do Bastonário e Sindicatos.
Na área da economia, e para ministro, a pessoa indicada tinha de ser o famoso e desbocado banqueiro Ulrich, sempre mediático, palavroso, ousado e parlapatão, que poderia escolher para Secretário qualquer outro banqueiro ( menos o Oliveira e Costa), ou então um daqueles senhores do dinheiro, comércio e distribuição alimentar.
Claro que para a Agricultura poderia voltar a usar-se o Capoulas (o nome fascina-nos) ou optar-se por um qualquer “caseiro” rude, de mãos calosas, habituado às culturas usuais, agruras da vida, às vacas, ovelhas, galinhas, etc., mas hábil e lesto a “ordenhar” a “boiada” da CEE e a “mamar” à sorrelfa, ficando as Pescas para um daqueles “cidadões” pacientes e crédulos que “matam” o tempo molhando a minhoca de cana na mão e olhos na bóia, sempre confiantes em que apareça um “peixe” que morda a isca. Como todos os portugueses ... sempre à espera de saída da crise e melhor vida.
E com esta “malta” toda, e sobretudo “cortando-se” no número dos assessores de carreira, nas despesas governamentais, políticas e de pura encenação, ter-se-ia de certo um governo menos trombudo e assustador, com melhor “cara”, outras “cantatas”, arrebatadoras “competências” e diferentes “solfejos” de soluções. Seria um governo menos ruidoso e com toda uma renovação no “mundo das nulidades” que nasceram com Abril, ... e que vêm cantando, “cevando-se” e rindo!...
E evitar-se-iam eleições, a paragem do país por quatro meses ou mais, outras despesas, mais promessas, mentiras e balbúrdia, ... para depois ficar tudo na mesma.

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