A urgência de uma estratégia para a valorização do ensino profissional
Voz às Escolas
2022-05-23 às 06h00
Foi na madrugada de vinte e quatro de fevereiro. A Ucrânia sofreu os primeiros abalos da invasão russa e desde então, já lá vão três meses, o terror cavalga o território. Não fazendo diretamente parte desta guerra, estamos envolvidos e sofremos as consequências. Económica e socialmente instalou-se uma crise no mundo. Não é possível ficar indiferente ao grau maciço de destruição física, humana, moral e cultural. São gigantescas as proporções do mal, milhares de escolas destruídas, milhões de crianças a abandonar o seu país, a sua casa, as suas raízes, seus familiares, sonhos e ideais, à procura de sobrevivência, de um lugar de paz para encontrar abrigo e recomeçar uma nova vida. A guerra viola todos os direitos das crianças que veem a sua infância irremediavelmente alterada, a sua educação interrompida e a sua saúde mental ameaçada, traumas de longo prazo que não podem ser subestimados.
Sensíveis a esta trágica realidade, os alunos do primeiro ciclo das escolas de S. Lázaro e do Carandá do Agrupamento de escolas André Soares, com o apoio dos professores titulares de turma e com a orientação dos professores de expressão plástica das atividades de enriquecimento curricular (AEC) colocaram toda a sua criatividade, imaginação e habilidade na transformação de camisolas brancas com mensagens positivas, expressando a sua visão da paz e provando que a arte é uma excelente prática de promoção dos valores fundamentais da humanidade. Cada camisola foi assinada pela aluna ou pelo aluno que a transformou e em cada desenho lê-se amor, ânimo e esperança. Estas camisolas são para oferecer a crianças refugiadas e/ou deslocadas com idade até aos dez anos. Como há muitos alunos de diferentes países a frequentar o primeiro ciclo, nomeadamente crianças ucranianas, distribuiremos dentro de portas mais de duzentas camisolas.
Esta iniciativa faz parte de um conjunto de atividades que configuraram um manifesto pela paz, organizado pela Eplural, com o apoio do pelouro da educação do Município de Braga e que teve lugar no dia nove de maio, Dia da Europa, na Avenida Central. Este evento juntou as turmas do primeiro e segundo ano das escolas de S. Lázaro e do Carandá num coro infantil constituído por mais de duzentas crianças. Foi um grande momento, a construção da paz começa no coração das crianças. No sorriso, na voz e na energia coletiva ouvimos a mensagem da tolerância, da solidariedade e do diálogo entre pares.
Disseram a todos: nós somos as sementes necessárias para transformar a realidade em que vivemos e construir um mundo mais igual e justo com que todos sonhamos!...
Este manifesto de paz para a Ucrânia e para o mundo foi um excelente exemplo de sinergia, de articulação e de cooperação entre escolas e, mais uma vez, confirmou a importância das artes na educação participativa e cidadã.
Fundamental a vivência destas experiências para que os nossos alunos acreditem que a sua ação, a sua participação, a sua voz é essencial na construção de um mundo melhor.
21 Maio 2025
19 Maio 2025
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