Correio do Minho

Braga, quarta-feira

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Um país da treta - de Lélés, de Lúlús e de outros que tais

António Braga: uma escolha amarrada ao passado

Ideias

2016-06-10 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

Um país de medíocres, de ganapos e de loucos, aliás sempre enchendo a boca com a liberdade obtida ao fim de quarenta anos de regime fascista, mas esquecendo de todo os mais de quarenta que vimos levando de algo a que se dá o nome de democracia, mas que não passa de uma partidocracia voraz, interesseira, estúpida e de “amiguismos” em que se vem alapando uma incontornável medriocridade, e muita libertinagem, diga-se.

Em que uma ganapada de pretensos intelectuais e esquerdistas, dizendo-se inteligentes, espertos e “insuspeitos”, apenas se preocupa em concretizar as suas muito “castradas” ideias, utopias e idiotices num desbobinar de uma governação feita de nicas, pequenos nadas e de alguns pêlos ou ligeira penugem (o Catroga chama-lhes outra coisa), mas verdadeiramente desinteressada das reais questões e problemas que afligem o povo.

Um povo cada vez mais distante que tenta esquecer e ignorar as tricas e nicas que ocorrem no parlamento, onde vêm vingando “grupos de forcados”, “feirantes”, “ilusionistas” e “vendedores” da banha da cobra que há muito mandaram às malvas quaisquer sensatez, ponderação, sentido da responsabilidade e os princípios de honestidade, seriedade e moralidade, deixando escancarado todo o ridículo da sua própria mediocridade.

Aliás, estabeleceu-se e enraizou-se ano país toda uma geral e incontornável mediocridade, bem patente em “figurinhas” que se afirmam por posturas e intervenções em que um deslavado ridículo se vem casando com os mais grotescos idiotismo e alarvices, sendo de evocar aqui a acção do PAN em prol dos Lúlús e Lélés dos “madamos” e “madamas” do burgo quanto às despesas veterinárias, pugnando pela sua autonomia fiscal face às despesas gerais, comuns e familiares (vg. contas de supermercado, de abastecimento do carro, etc), já que o usual sistema «não permite a obtenção de qualquer benefício, esgotado que estaria já pelas despesas quotidianas incorridas pela maioria dos agregados familiares».

Mas, goste-se ou não de animais, é chocante e ridículo ter-se visto o parlamento “preocupado” com os gastos dos Lúlús e Lélés das e dos madames quando abundam os sem abrigo, gente a passar fome e se esquecem muitos outros animais, produtivos e úteis, que fazem parte da vida e são sustento de muitos portugueses (vg. pecuária, piscicultura, avicultura, caudelaria, pastorícia, suinocultura, etc.), a quem muitas vezes escasseiam meios, se rateiam apoios e se dificulta a vida com papéis, licenças, taxas e outras burocracias e aonde ainda não chega o “Simplex”, mesmo exibindo o Costa uma pretensa ave (um pardal, quando muito!...) a tentar voar.

Realmente ter um cão ou gato é muito mais agradável e menos preocupante e problemático do que um filho ou filha, porque descartáveis num canil ou rua, não obrigando a gastos com estudos, educação, psicólogos, transportes escolares, vestuário e alimentação necessários ao desenvolvimento físico-psíquico do ser humano, mas quem quer ter luxos ou brinquedos para ser “in”, “chique”, se exibir ou aparecer nas redes sociais, com ou sem fotos, deve pagá-los.

Aliás não se compreende que uma “questão” de incontornável treta, tão ridícula e irrelevante tenha merecido acção e intervenção parlamentar, fazendo perder tempo e “maculando” as faculdades mentais e inteligência dos deputados que, crê-se, para já ainda não integram a classe dos irracionais, apesar dos muitos “animais” que por lá pululam, vivendo da “ração” dos dinheiros públicos, “latindo”, “piruetando”, “arranhando” os estofos e cortinados da razão e “uivando” às ordens dos “donos” (os partidos).

Aliás a actuação do PAN, e mais outras acções e posturas dos partidos do governo, formatam na perfeição a “geringonça” de que tanto se fala e que já entrou no “léxico da política”, com reversões, recuos, reposições de feriados, 35 horas de trabalho, alterações do IVA da restauração e outras medidas “simpáticas”, fictícias ou de pura loucura, mas é de se temer que Amanhã a “factura” a pagar seja com língua de palmo, para mais quando o filho do “meia-nau”, vaidoso e “torcido” nas convicções, se enredou numa área crítica de importância sócio-económica, debitando ideias, recuos e reversões gravosas para o erário público, apresentando-se como a “popa” ou “ré” da “nau catrineta” em que se tornou este governo. Com efeitos perversos, claro!...

Sendo óbvio estar a “viver-se” e a projectar-se um mundo de “afectos” como lema e princípio de acção e vida em Belém, S. Bento, governo e sociedade, admite-se que neste novo mundo, o dos “afectos”, tenham cabimento cães, gatos e outros animais de estimação, mas não se compreende, aflige-nos e perturba-nos o volume dos gastos nos supermercados com enlatados e comidas especiais para eles quando na actual situação muitos são os cidadãos que enfrentam a fome e a miséria, “vegetando” e “suportando” a vida no dia a dia, mas sem garantia de um prato de sopa e de um naco de pão, dormindo debaixo da ponte ou num vão de um prédio.

E é compaginando-se a acção do Banco Alimentar com a triste realidade dos dias de hoje que nos chocou o ridículo e o inoportuno do PAN a “desviar-nos ”de questões e temas muito mais prementes e relevantes, quando até seria normal integrar esses gastos veterinários no somatório-comum das despesas familiares ( então o gato, o cão e quejandos já não são também “família”!? ), de modo nenhum se justificando as “preocupações” e “dores de barriga” do panista e da esquerda unida (PS, BE e PC) face à situação dos Lúlús e Lélés.

Aliás no momento actual, tendo-se em atenção os considerandos e posições das Franciscas e Catarinas em termos de “personalidade”, “direitos” e “sensibilidade” dos animais é de se temer que tal “esquerda unida”, nas suas estapafúrdias congeminações e vanguardices, avance e crie até um “sistema público de saúde” para os cães e gatos que vivem em “comunhão de cama e mesa” com certas famílias.

E se estatue, e já agora se legalizem, as posturas, actuação e obrigação das “madames” e dos “madames” dos Lulus, Fáfás, Lélés, etc., que não só se devem preocupar em os levar à rua para passear e satisfazer suas orgânicas necessidades, “apanhando” e “recolhendo” depois os consequentes “produtos”, mas ainda devem zelar para que os ditos evitem sujar as ruas e “marcar território” nas paredes, portas e pneus dos carros com a urina e manchas.

E já que vivemos num mundo de impostos, taxas, taxinhas e contribuições, e porque será impossível “safarmo-nos” de um orçamento rectificativo ou plano B, sugere-se aos C.C. (Costa, Centeno) a criação de um novo imposto (mobiliário ou outro) a tributar as “moradas ou locais de acolhimento” dos ditos, como casotas, cestos, almofadas, caixotes de areia, gaiolas, aquários, etc. O erário público só teria a lucrar com tal tributação dos donos dos Lúlús e outros da sua igualha, como também lucraria, admita-se, se o ridículo e a insensatez dos políticos fosse tributada.

Sobretudo quando manifestam e deixam perceber preocupações (!?) com uma distinção formal e assertiva do “género” das coisas (e das pessoas, claro!), quiçá num alapar de esconsos desejos, traumas e apetites e só compreensíveis como “resposta” aos muitos machos e “machas”, fêmeas e “fêmeos” que se passeiam por certos grupos e núcleos, para os quais, aliás, a ideia da Catarininha de se passar para os 16 anos a idade de se poder mudar de sexo talvez já não resulte. Com todo um perverso atraso de “experiências”, “arrependimentos”, etc..

Mas estas vanguardices a “feder” a estupidez, loucura ou insensatez invadiram este país da treta e de incontornável “medíocrocracia”, à qual não vem faltando um “compincha” para a brincadeira. Há tão só que aproveitar os intervalos entre o “dançar”, ”selfiar”, “beijocar”, saltitar, “patacoar” e “sorrir” para as câmaras, e aguardar a popularucha e democrática pose estadista dum “sentar de rabo no chão”, como em Serralves. Perante a inversão de valores, princípios, costumes, sentimentos e posturas, forçoso é concluir que o bom senso e a seriedade se deixaram manietar pela estupidez e pelo ridículo. Haja Deus!....

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